quinta-feira, junho 02, 2016

O mês passado deve ter sido, até agora e de sempre, o mês em que fiz mais conferências/sessões seja em escolas, umas 80, seja públicas 7 ou 8, todas sobre o clima e a sustentabilidade energética.
Foi também, talvez, o mês em que as renováveis garantiram, em Portugal continental uma maior fatia da produção de electricidade 3.863 Gigawatt/hora ou seja 75% do consumo.
Talvez seja de manter esta média, com prejuízos para as minhas costas, embora tenha tentado ao máximo transportes colectivos eléctricos, quando possível. Mas pelo menos as da produção, articuladas como foi o caso com contenção no consumo!

Mas a nossa rede de caminhos de ferro já conheceu melhores, muito melhores dias. É fundamental, não percebo a política governamental nesta área electrificar alguns troços, aumentar e revitalizar a circulação noutros e inclusive recriar algumas que por falta de visão estratégica foram retiradas de circulação, seja para mercadoras seja para tipo "metro" rápido.

Em Lisboa também não estivemos mal:



Durante o último mês, 142% das necessidades de electricidade de uma família típica na região de Lisboa foram cobertas/satisfeitas por uma instalação padrão de painéis solares fotovoltaicos.
 Temos cada vez mais e mais qualificados instaladores de painéis fotovoltaicos que são um investimento com amortização cada vez mais curto. Incompreensível que quem e onde se possa esse investimento não seja concretizado!

E igualmente, aí com amortização com prazo de meses!, o térmico. Em Portugal, com o nosso Sol o nosso registo nesta área é 5 vezes inferior, per capita, ao alemão!
Uma instalação média de painéis solares térmicos na região de Lisboa permitiu cobrir 76%, quase 14 m3 de gás natural, das necessidades de aquecimento de águas de uma família padrão.
Já a produção de electricidade de origem eólica no mês passado permitiu abastecer 20 % das habitações de Lisboa, o que tendo em conta a nossa população e número de fogos é muito significativo. 

E já agora... ainda a semana passada, em Bragança, enfrentei-me com uma insensatez do nosso sistema eléctrico. A Câmara Municipal fez um investimento excelente no desenvolvimento do fotovoltaico. Pois é, é penalizada por produzir... a mais. Isto é inacreditável. 
É urgente modificar a legislação e permitir ao sector em auto-produção vender os seus excedentes!
 


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