sexta-feira, dezembro 30, 2016

Hoje no Público mais um exemplo das razões porque deixei de comprar jornais. Uma senhora, que até devia saber escrever e investigar, publica um texto sem qualquer verificação nem utilização de contraditório.
Enviei este esclarecimento:

Um ministro mal informado

Há dois meses que o Movimento Ibérico Antinuclear solicitou uma audiência ao Ministro do Ambiente, com vista a informá-lo, como informámos o Parlamento e autarquias, do problemas e de toda a situação relacionada com Almaraz.
Ter-lhe-íamos dado as informações que o Conselho de Segurança Nuclear e em consequência o Estado espanhol omite e referido a situação em relação ao Armazém Temporal em avaliação nessa altura e as razões porque a avaliação de impacto poderia ser contestada, o armazém não é neste momento necessário, há espaço para armazenamento dos resíduos até ao fim de vida, dos 40 anos da central.

Mas o ministro continuou a assobiar para o ar e a dar palmadinhas nas costas do seu colega espanhol.
Agora vem o ministro lembrar-se de chorar sobre o leite derramado e dizer que vai solicitar uma avaliação de impacto transfronteiriça. Mas a quê?

O ATI é um armazenamento de resíduos de alta actividade que existe em inúmeras centrais e que será necessário para Almaraz para o processo de desmantelamento, e o estudo de impacto só deve ser local. Um ATI não tem impacto transfronteiriço!
A questão que se liga com o ATI, neste momento, é que ele está a ser construído com argumentação falsa e com o objectivo de prolongar a vida desta central mais 10 ou 20 anos, e não como referi por quaisquer razões de necessidade.

O que o Ministro deveria exigir, já deveria com base no historial que continua a ignorar, desta central era o seu encerramento, ou no quadro da construção deste ATI a garantia do seu final de vida aos 40 anos.
Mas o Ministro, ao contrário do que aconteceu com muitos dos seus antecessores, não ouve os grupos e entidades que conhecem esta situação a e está, manifestamente, mal assessorado e desinformado.

O que já devia ter feito, desde logo quando o Parlamento por unanimidade lhe solicitou que agisse com vista ao encerramento desta central, com peças defeituosas, acidentes registados no índice de graves e inúmeras paragens por questões de segurança, essas sim um problema transfronteiriço que já levou à iminência do corte de água a Lisboa, era ao abrigo dos acordos internacionais sobre a nuclear, dar seguimento ao voto do parlamento, e desde logo utilizar também a pressão económica junto das empresas que são titulares da central, e ao governo espanhol dizer aquilo que nas Cortes espanholas está a ser exigência: Só ATI com decisão, interligado com o fim de vida da central.
Mas continua a soprar para o ar, o nosso ministro.

António Eloy


Mas conhecendo o corporativismo não lhe dou grandes hipóteses. E o mais curioso é que ainda ontem estive quase uma hora ao telefone com uma colega da senhora que hoje se desplanta sobre Almaraz a explicar-lhe isto tudo, mas os jornais também são capelinhas fechadas.

quinta-feira, dezembro 29, 2016

Um artigo bem escrito e com suculência que remete para um operativo muito útil para conhecer Lisboa.
http://expresso.sapo.pt/cultura/2016-12-12-Lisboa-essa-grande-desconhecida-tem-agora-muitos-dos-segredos-a-vista.-Conheca-10-deles
No meio do sensacionalismo, mentiras descaradas, promoção de falsidades, notícias da manha, manipulações descaradas e opiniões inúteis em que se vai transformando a nossa comunicação social ( e noutros países o caminho é igual ou pior!) salvam-se ainda alguns jornalistas e espaços nalguns jornais, poucos é certo, a nível nacional. Felizmente que alguma imprensa regional ainda dá local.
Que o futuro nos traga boas leituras e melhor informação é um simples desiderato.

quarta-feira, dezembro 28, 2016

Fazendo votos que para o ano, negro segundo as expectativas políticas e ambientais, mas cá estaremos para as contrariar, e certamente movimentado autarquicamente, independentemente de envolvimentos pessoais, e um blog mais animado, aqui deixo para todos o link para obtenção em todos os sistemas, ipad, android, mac e pc dos aplicativos dos livros da colecção Ambiente e Sustentabilidade já produzidos, agradecendo desde já indicação de qualquer questão que lhes encontrem:
http://peopleware.pt/ebooks

sexta-feira, dezembro 23, 2016

Se queres conhecer alguém pergunta-lhe o que lê...
Pois tenho um dos meus tempos de retiro e de leituras:http://signos.blogspot.pt/
e entre elas uma que aqui trago, porque tem um interessante enlace com Lisboa e uma lógica que defendo deveria ser alargada na nossa cidade:
a utilização de cavalos, atrelados, para turismo, na zona de Belém.
Tenho que é importante desenvolver esta actividade ( e limitar os daninhos tu-tuc que invadem tudo, sem rei nem roque!) e alargá-la a outras zonas de Lisboa e arredores, também numa lógica de refrear o trânsito e desenvolver alternativas.
O livro, patrocinado por empresas para as quais trabalho, poderia estar mais aprimorado e desenvolver melhor alguns dos temas que aborda ( nem toda a gente leu os anteriores!) seja no que toca os cavalos seja no que refere aos burros, mas é uma obra interessante, que que vale também por esta reflexão que propicia.

terça-feira, dezembro 20, 2016

domingo, dezembro 18, 2016

Chegou, E veio pelo mar, numa prancha, é certo que montado na sua rena (se aumentarem  a foto poderão vê-la!) essa grande invenção da Coca.
Aqui o Pai Natal, ele mesmo a chegar:

sábado, dezembro 17, 2016


Estive na excelente Fundação Serralves para ver os Miró's.
Fiquei um pouco desiludido, as obras, muitas delas, a maioria até, não tem a qualidade média do pintor.
Há algumas que todavia nos deixam deliciados.
Vale a pena, apesar de tudo...
e

quarta-feira, dezembro 14, 2016


domingo, dezembro 11, 2016

Passam 40 anos de Poder Local.
Deveria ser um momento de reflexão, sobre a teia tentacular de clientes que à pala deste engordaram e das trafulhices e manigâncias e notórios casos de corrupção ( até condenados e tendo cumprido pena!) que agora voltam a avantesmar o nosso dito poder local democrático.
Claro que o nosso país evoluiu muito e para isso, como é óbvio, o poder local deu um contributo importante, mas agora que está tudo frenético e de vento em popa, não posso deixar de dizer preto no branco que as maiores patifarias se fizeram à conta desses poderes, e desde logo uma é o financiamento dos partidos políticos que à sombra desse e das suas clientelas se foi fazendo, as estruturas gangrenas desses, e a co-optação da democracia por interesses espúrios, ligados à construção civil e obras "irrealizadas", a destruição de tanto, tanto património, a devastação do território, tantas, tantas vezes com a conivência de émulos do tal poder local democrático.
Não podemos deixar de levantar a nossa voz, e exigir uma reforma radical das estruturas e lógicas não democráticas desse poder, desde logo na limitação e estatuto de menoridade que é dada às listas de cidadãos, que só muito dificilmente ganharam cidadania.
Queixa-se o poder local de que a lei das finanças locais nunca foi executada, mas não se queixam de a maior parte dos municípios estar em situação ilegal no que toca a prestação de contas e as despesas, e no caso dos custos salariais são por lei limitadas, mas servem para muitos compadrios.
Deveria o Tribunal de Contas ter mais meios para fiscalizar adequadamente esse poder, como aliás os outros!
Passam 40 anos de poder local, em contas por alto ( e obviamente as repetições dividem por mais de 1o, mais de 5 milhões, leiem bem 5 milhões, metade  da população portuguesa, já foi eleita local, e quase o dobro dessa já foi candidata a qualquer coisa, inútil), os órgãos criados pela democracia e na altura com lógica, já deveriam há muito ter sido completamente reformados.
No livro " O Clientelismo" fazemos uma proposta, radical.
Mas vivemos num regime de partidocracia orgânica, e nada é capaz de lhe pôr cobro.
Agora até falam em reinstalar as freguesias, não que não ache que algumas não tenham sido extintas com arbítrio....
Mas o que se devia era reconverter estas em estruturas administrativas que são, criar-lhes um regime especial, eventualmente com eleição de um número mínimo de responsáveis e acabar com os cerca de 40.000 eleitos só para as freguesias, e para dois órgãos, com salários, senhas e assessorias.
Mas vivemos num mundo surreal, onde até o czar russo elege um tonto para presidente dos E.U.A.
Um tonto perigoso. Aio Silver!!!

sábado, dezembro 10, 2016

Já aqui referi este peça fabulosa:
vale a pena ir a Madrid, seja só para a desfrutar!
http://cultura.elpais.com/cultura/2016/12/07/babelia/1481127632_347110.html

terça-feira, dezembro 06, 2016

Nada como um viajante, pelas paisagens...

segunda-feira, dezembro 05, 2016

A não perder.
Ainda não fui ver, mas conheço o rigor e qualidade destas exposições:
http://lazer.publico.pt/exposicoes/367287_clima-expo-360
e deste Museu.
O Clima é, como diz a sabedoria popular, incontornável, assim como as maldades com que o estamos a perturbar.
Para todos uma exposição muito didáctica.

domingo, dezembro 04, 2016

Chuva, forte e violenta, e as inundações aí estão.
O nosso património infelizmente está muito, muito mal cuidado, o público (ontem tivemos mais duas tristes notícias de rapinagem de imóveis classificados, pelo camartelo) e o privado, assim que chove um pouco lá temos as inundações e os problemas das, nas casas e com o escoamento.
E nem falo nas ruas... que é o caos, total.
Ontem estive na Casa do Alentejo  onde o pátio árabe é uma goteira e o chão uma piscina...
Aí, o meu editor e amigo Fernando Mão de Ferro me ofertou este excelente livro sobre moinhos (a Colibri está a fazer uma venda nas próximas 6as e Sábados e no dia 17 poderão ouvir um dos meus contos inéditos!)
Sou actualmente, profissionalmente, moleiro, dos modernos, mas vejo, leio e cuido da importância dos moinhos, como passado, e importantes no processo de alteração das condições de vida e desenvolvimento da humanidade.
Este livro escorreito e bem documentado é uma pequenina delícia, dele saí  com um arroz descascado de alta calibragem!
E motivou-me uma interrogação. E os moinhos de Lisboa?
Em Monsanto havia, haverá vários. A saque?
Quem não cuida do passado descuida o futuro!

sábado, dezembro 03, 2016

Uma boa prenda, para todos os muitos, muito milhares que andarão por aqui...

sexta-feira, dezembro 02, 2016

Aqui há algum tempo referi que estava tudo determinado nas candidaturas em Lisboa.
Pois está tudo a correr como tinha previsto, excepto na área do Bloco e da cidadania.
A retirada de Mariana Mortágua abriu um espaço para mais cidadania, assim se saiba aproveitar a oportunidade. Voltarei ao tema, com energias...

Energias que trago aqui, como de costume... e dar a novidade, que a Zero tem estado distraída, que durante quase 24 horas ( e tenho que referir que têm aparecido uns textos "anónimos", na linha de uma opinião infundada de Mira Amaral, aliás parecem dele!, em vários jornais, a mencionar que existem sempre backups prontos a entrar em base, mas sem escrever que esses não são produção, estão em standby e logo não emitem CO2) o país esteve outra vez a renováveis e 96 ‰ eram só vento.
Pois em Lisboa no mês passado:
o fotovoltaico é a grande alternativa, só falta os custos continuarem a desdcer e as baterias a melhorar e temos um novo paradigma e uma nova cultura da energia.

A produção doméstica de electricidade a partir de painéis fotovoltaicos correspondeu a 225,1 kWh, o que permitiu abastecer os electrodomésticos da cozinha e os pequenos electrodomésticos .

O aquecimento de águas a partir de painéis solares térmicos em Lisboa permitiu a uma família poupar, por exemplo, 7,69 m3 de gás natural, durante o último mês.
Ou seja mesmo com as temperaturas a diminuir o calor é suficiente para quase metade dos nossos consumos caloríferos

E a produção de electricidade de origem eólica no mês passado permitiu abastecer 24 % das habitações de Lisboa.  

quinta-feira, dezembro 01, 2016

Uma campanha cidadã exemplar.
Em crowdfunding um grupo de activistas e cidadãos responsáveis, financiou uma útil sonda para medição da radioactividade no Tejo:
Aqui:
http://allbesmart.ddns.net/tejoseguro
Lisboa não está mais segura, mas pelo menos está mais informada!

quarta-feira, novembro 30, 2016

Durante 3 ( três!) horas percorri as salas do Museu de Arquelogia de Madrid, um dos melhores museus que já visitei.
este documento, embora não seja dos mais interessantes captou-me porque menciona Encinasola, terra de muitos parentes meus, vila geminada em carne e espírito com Barrancos.
Mas foi talvez esta espécie de abaco/secretária uma das muitas que me deixou fascinado...

Um museu que para além da linearidade histórica nos deixa fascinados pelas inter-relações que estrutura  e pelo presente em que nos mergulha.
Também não teria votado as moções a favor de um ditador, aqui um artigo que subscrevo quase a 100%:
http://leitor.expresso.pt/#library/expressodiario/28-11-2016/caderno-1/temas-principais/porque-continuo-anticastrista-por-daniel-oliveira
embora tenha a certeza que o futuro verá muitos mais arrependidos...

terça-feira, novembro 29, 2016

Em Madrid temos uma panóplia de lugares de culto, da gastronomia.
Estive em vários e apreciei os repastos e o ambiente, excelentes.
Madrid é uma cidade vibrante, sempre cheia de movimento e o restaurantes sempre cheios e a abarrotar de memórias.
esta é notável!
No Gijón, onde almocei entre museus e exposições.
e antes das iluminações...
que já marcam Madrid.




Sexta à noite, depois de uma ida ao Thyssen ver uma simpática exposição de Renoir, que tenho que dizer que não faz muito o meu gosto, e uma visita a um dos mais notáveis museus que já visitei, o Arqueológico, fabuloso (ver o blog Insignificante), depois de jantar num restaurante histórico fui a um dos locais que nunca perco, uma espécie de Hot Club de Madrid, o Café Central, onde assisti a um retemperador concerto de Anaut:
Sábado passei o dia numa reunião, com o objectivo de salvar Lisboa de um possível acidente nuclear em Almaraz, não sem antes, ainda na sexta, ter dado o meu contributo a uma manifestação de furiosas e furiosos contra o machismo e a violência sexual:

No dia que cheguei fui ver duas fantásticas exposições no Prado, de Clara Peeters e sobre Meta- Painting, uma evolução pela ideia de arte, além de ter dado uma volta pelos meus clássicos...noutro blog tenho imagens...
e fui ver se haveria bilhetes para a peça  " La Cocina" no Valle-Inclan, referenciado nesse dia no El Pais.
Já estava esgotado, a sala de 350 lugares esgota todos os dias...
Por artes mágicas arranjaram-me um bilhete, na 1ª fila!

Tenho que dizer que foi uma das melhores, talvez mesmo a melhor peça da minha vida.
Cenários fantásticos, e durante duas horas e meia, a actividade frenética de uma cozinha " industrial", por cerca de 30 actores de alta qualidade, sem uma quebra, com uma trama apropriada para os nossos tempos, o interculturalismo e o relacionamento social.
Fantástico!

Antes de ir a Madrid estive na Povoa de Sta Iria:
http://omirante.pt/sociedade/2016-11-24-Populacao-nao-pode-desistir-de-fazer-justica-no-caso-da-legionella
cheguei de Madrid e estive a falar numa iniciativa do: Centro Europe Direct Aveiro
Falei da União da Energia e critiquei, ferozmente a cultura da soberania, assim como a incapacidade de superar os horizontes nacionais e desenvolver uma nova cultura da Energia, inclusivé no quadro do recuado novo pacote da Energia em final de processamento.
A Europa continua a ser um sonho, mas só esse é que nos poderia afastar do pesadelo que se aproxima a passo de gigante.
O quadro de Rubens, o rapto da Europa, sobre a cultura que vale, que é universal, local e cosmopolita.
Trarei em próximas postas imagens e relatos de como vai Madrid!
 

quarta-feira, novembro 23, 2016

Morreu hoje uma Ex Presidente da Câmara de Valência e senadora.
Trago o tema aqui não pela senhora, desde logo no âmbito privado sendo de lamentar a ocorrência, mas pela dimensão pública e política que já está a ter esse evento.
A sra estava acusada de corrupção, aliás toda a sua vida política está repleta das piores manigâncias e traficâncias, conhecemos bem casos parecidos.
O caso é que logo hoje foi proposto um minuto de silêncio na congresso dos deputados e desse se ausentaram ( e eu que os crítico acerrimamente aplaudo o gesto!) os deputados do PODEMOS, que mencionaram o respeito pessoal mas o inapropriado que seria prestar uma homenagem política a uma pessoa acusada de múltiplos crimes de corrupção em acto.
Recordei pelo menos uma vez quando com Nunes da Silva tivemos que recusar uma homenagem (política) municipal a já não recordo quem, mas um fascista empedernido, que não sei por alma de quem o então Presidente António Costa decidiu prantear essa. Não ficámos sós, um ou dois socialistas e o PCP também recusaram, esse tributo.
Os momentos de homenagem devem ser para quem os merece e quem com a sua vida os honra.
Todas as mortes são momentos de reflexão

terça-feira, novembro 22, 2016

É já amanhã, pelas 18.30 na livraria #Palavra de Viajante# que vamos falar, também, disto:
Convite posta abaixo!

domingo, novembro 20, 2016

Foi aqui mesmo ao lado.
Por negligência criminosa de uma empresa de adubos, como está completamente, completamente mesmo, provado, morreram 14 pessoas e algumas centenas, mais de 4 centenas ficaram com sequelas da legionella. Foi aqui mesmo ao lado.
Ontem estive numa conversa no Grémio Dramático Povoense, e dei uma entrevista a um jornal local, a falar sobre as consequências da actividade industrial descuidada ou impossível de cuidar, como é o caso do urânio e todo o seu processo, embora aqui o enfoque fosse esta bactéria.
Quando das perguntas vários atingidos pelo crime desta empresa, e também pela incúria do Estado e das autarquias, além da incapacidade do sistema judicial e a leviandade de alguns dos seus agentes, tive ocasião de os colocar em contacto, estimular o associativismo e dar alguns conselhos da mais límpida sensatez para um maior empenho e pressão.
Conheço o choradinho desses bandidos e criminosos. Se pagarem indemnizações irão falir ( e lá irão uns postos de trabalho) a culpa foi do bêbado nesse dia (mas não foram vários, muitos?) ao serviço, foi um raio que caiu na cuba ( e então não se tomaram providências) ou não há provas ( mas como se a origem da bactéria foi completamente rastreada!).
A sessão embora pouco concorrida foi animada e julgo que ficou uma semente.
É preciso obrigar ao empenho autárquico, é preciso que o Estado e o sistema de justiça se mexam. Houve mortos, houve e há atingidos na sua vida e saúde. Todos, todos somos vítimas da legionella quando estes assuntos ficam em águas da dita.
A culpa não pode morrer solteira.
Agradeço à Associação Promotora do Museu do Neo-Realismo e ao Grémio Dramático Povoense, assim como ao meu velho camarada Mota Redol o terem-me permitido falar e ouvir estas bravas gentes, que não podem ficar paradas. Vamos todos caminhar!

quinta-feira, novembro 17, 2016

Com o sistema de pesos e contra pesos em total ruptura, com um racista, misógino, contra as identidades sexuais, e defensor do criacionismo mais boçal (todo ele é boçal) e negacionista da realidade ( as alterações climáticas já nem são matéria de controvérsia cientifica, como a evolução...) a situação mundial, e desde logo nos E.U.A., onde conflitos poderão surgir, está no caminho do tal Armagedão.
E os fogos ( do inferno, para os bíblicos!) anunciam-se:
http://public.wmo.int/en/media/press-release/provisional-wmo-statement-status-of-global-climate-2016
atenção que isto não são os tais radicais...

quarta-feira, novembro 16, 2016

Para a agenda, tem um capítulo sobre os cafés... também, sobretudo de Lisboa!
e,

http://www.esferadocaos.pt/pt/catalogo_detalhe_semcoleccao297.html
… e aqui:
http://www.esferadocaos.pt/pt/
… e aqui:
http://www.esferadocaos.pt/pt/novidades.html
… e aqui:
https://www.facebook.com/esfera.do.caos.editores/photos/a.262529900540496.62136.262499113876908/1006270166166462/?type=3&theater
… e aqui:
https://www.facebook.com/esfera.do.caos.editores/photos/pcb.1004679562992189/1004679199658892/?type=3&theater

segunda-feira, novembro 14, 2016

Lua Cheia
Gatos no telhado
Cheira a chuva

Estive ausente 4 dias,
fui ver um fabuloso Escócia - Austália, numa cidade fantástica, onde há muitos bons exemplos para Lisboa.
desde logo a iluminação de monumentos e outras obras de arte, que tem uma vida e cria uma empatia excepcional!

e, além de excelentemente conservada por toda a cidade estão assinalados os locais ou casas de memória!
E claro a animação é do melhor, aqui...
Mais fotos e opinião em http://signos.blogspot.pt

quarta-feira, novembro 09, 2016

A democracia é um sistema perverso, Hitler também foi eleito democraticamente, sabemos que com a cumplicidade dos comunistas, como hoje Trump é eleito com a ajuda de alguma esquerda, que continua a defender a lógica do quanto pior melhor, ou a ignorar as diferenças entre as direitas, que também saiu derrotada.
Ainda recentemente me diziam que o voto aconcelhável era... em branco, sem perceber que esse é um voto numas eleições bipolares é o voto num, assim como o voto foclórico.
A democracia é um sistema perverso, hoje à mercê de populismos endinheirados, ou não, e pela Europa, e aqui mesmo ao lado,  também já os temos.
Hoje é um dia triste, não para a democracia que está jubilada e cooptada pela demagogia e extremismos, mas para as liberdades públicas e os direitos.
Felizmente em mais Estados, nos E.U.A., pode-se fumar uma ganza, em público, sem ir para a prisa. Logo que tenha os resultados finais aqui os divulgarei.Ao menos o sonho ganhou mais liberdade. Infelizmente o mundo abeira-se da guerra e um maluco tem o dedo no botão.
Pode destruir Lisboa!
Um artigo visionário:
http://www.huffingtonpost.es/michael-moore/trump-va-a-ganar_b_11212536.html?utm_hp_ref=spain
aqui:
http://www.nola.com/elections/index.ssf/2016/11/marijuana_referendum_results_9.html 

segunda-feira, novembro 07, 2016

Os edifícios e o sector dos transportes são uma parte maioritária das emissões de CO2 e áreas onde as alterações têm que ser radicais.
http://www.pt.cision.com/cp2013/ClippingDetails.aspx?id=ee84b467-5945-46a0-8113-36e396a45cfd&analises=1
neste excelente artigo temos matéria para reflexão e também tópicos sobre a mudança urgente e necessária.
A electrificação do sector dos transportes deveria ser paralela a alterações na lógica de ocupação do território e novas valência que abram caminho a um regresso da ruralidade, como transportes com uso de animais, que impõe também ritmos diferentes do/no tráfego urbano, e o aproveitamento de resíduos alimentares em locomoção, processos que infelizmente praticamente acabaram no nosso país, com o desaproveitamento total do óleo alimentar e outros resíduos valorizáveis em substituição do diesel.
E nos edifícios muito há para fazer, mas certamente não é solução, antes pelo contrário a peregrina ideia de substituir as fontes de calor, seja o esquentador seja o aquecimento pelo todo eléctrico, como ouvi este fim de semana a uma especialista!, porque usar a electricidade para obter calor é uma dupla maldade!!!
Isolamento, melhoria das condições térmicas, com cortiça e novas janelas, melhoria da insolação e utilização de processos mais clássicos para um optimum ambiental no interior das habitações são algumas das soluções.
E aguentar, que ou temos novas baterias em breve ou... isto vai ultrapassar e muito os 3 graus que agora já são assumidos como evidência, mas atenção que esses 3 são 4, porque um já tinha sido comido quando Paris falou em 2!
Bem sei que ainda falta, eu irei a Edimburgo, e ao norte do país até lá, mas desde já para a agenda, serão contadas estórias da luta contra a mineração de urânio e também em torno da legionella, e outros temas....

domingo, novembro 06, 2016

Julgo que esqueci de aqui mencionar o Caldas Nice Jazz ( estava esgotado, esta!), que este ano, novamente. foi excelente.
Escrevi uma crónica a propósito da Big Band...
"
Música de negros, tocada por brancos para um público de todas as cores

Há muitos tipos de Jazz, assim como muitas teorias sobre a sua origem, todas elas atribuindo-a a populações afro-americanas no sul do Estados Unidos, assim como muitas teorias sobre a etimologia da palavra Jazz, todas elas gravitando em torno da sua ligação ao sexo.
O Jazz, o sexo, sempre foi uma música, uma atitude de resistência seja dos negros americanos, e acompanhou as lutas pelos direitos civis, seja contra o apartheid nos Estados Unidos, seja dos opositores às ferozes ditaduras soviéticas, com o director da Gazeta estivemos em locais de culto da Polónia ainda sobre as botifarras dos generais, onde do melhor Jazz nos encheu os ouvidos.
O Jazz opôs-se à lei seca e hoje é bandeira na luta pela legalização das drogas e continua, mesmo quando dominado por brilhantes orquestras que o suavizam para amplas audiências, a ser um som sempre diferente, sempre enquadrado no tempo e no espaço.
O Caldas Nice Jazz é dos melhores momentos de Jazz no nosso país, pelo projecto que lhe subjaz e pela qualidade dos músicos com que nos presenteia. Uma iniciativa a proteger, porque no seu entorno haverá bons frutos!
As Big Band tem um tempo no Jazz, corresponde à integração do Jazz da marginalidade para o “mainstream, as grandes audiências, na altura da II guerra mundial, por razões óbvias.
Nada de mal nisso, também o fado, o tango e até a morna se adocicaram para aumentar a sua difusão e ouvidorias.
Na sexta 27 tivemos uma das melhores e históricas big band da actualidade, num espectáculo inolvidável, Jazz de salão de baile, integrando-se na lógica “soft”, suave e para todos os públicos, tivemos Tchaikovsky, Rimsky Korsakov e até Frank Sinatra, entre outros, trabalhados em toada de Jazz.
O Jazz, esta espantosa música de negros, orquestrada e tocada por brancos, como o público, mas sem cor ou de todas as cores.
Uma grande noite, grandes músicos e um excelente ambiente no palco, grandes cantores e um excelente ambiente com e entre o público.
Caldas merece o Caldas Nice Jazz. O país merece ouvir este Jazz!"

António Eloy

sábado, novembro 05, 2016

Com regularidade falamos de questões de energia.
Hoje estive na reunião de discussão e formatação da Assembleia Geral da:
http://www.coopernico.org/
Interessante e nutritiva de ideias e projectos. Retive, tinha ideia que era ao redor de 20%, mas duas fontes garantiram que são de 17% as perdas no sistema eléctrico, ou seja só utilizamos 83% da electricidade que é enviada para a rede.
Falámos da questão do encerramento de Sines e da questões ligadas aos sistemas de redes e aos novos desafios para evitar que os 3 a 5 graus se se cumprirem os acordos de Paris, tornem irreversível a Armagedão. Que poderá dar um substancial passo em frente se Trump for eleito.
Mas vejamos como vão as coisas por cá, que é o único local onde podemos interferir...
ou seja apesar das tontandas do Bloco da Esquerda para acabar com os desenvolvimentos das eólicas, ao mesmo tempo que criticam e bem os contratos sobre o petróleo e a nuclear, mas errando tácticamente quando metem o gás no mesmo barco, as renováveis tem muito caminho para andar. Ou navegar.

terça-feira, novembro 01, 2016

Numa das minhas últimas presenças em reuniões do Executivo ( depois foi "achado" que eu era muito crítico!) levantei a questão da impreparação total e completa de Lisboa, da autarquia, dos serviços do Estado, da protecção civil, seja essa o que seja (não sabem os riscos de Almaraz, por exemplo!) para fazer face a um qualquer terramoto.
Referi também a total falta de atenção na maioria das nossas escolas e/ ou instituições de formas básicas de minimizar os desgastes e as consequências do "big one".
Ultimamente, seja na televisão, num daqueles programas que ninguém vê, seja aqui:
https://www.publico.pt/local/noticia/terramoto-de-1755-foi-maior-do-que-o-do-japao-e-pode-repetirse-diz-especialista-1749572
somos alertados, para o que referi então. Recordo que o P.S.L. se divertia ao telemóvel e o estimável Manuel Brito ainda tentou dizer umas coisas, enquanto foi, tal como eu ignorado pelos restantes, certamente satisfeitos com os seus egos e claro a senha de presença.
Mas, isto, isto não é brincadeira.
Lisboa arrisca-se a desaparecer, bairros inteiros cairão direitos ( ou melhor provocando muita murraça) e continuamos a confiar no seguro, o tal que morreu de velho.
Ou na Nº Sra de Fátima, a mesma que nos protegerá de qualquer acidente em Almaraz.
isto poderá ser o Bairro das Colónias ou a Graça, se...

segunda-feira, outubro 31, 2016

Enquanto preparo a minha fuga na  próxima semana, que discordo frontalmente de vender a nossa cidade para estes mega-eventos (web) que só nos causam desamor, ainda tenho tempo para
onde vão estar presentes entre 700 e 800 confrades, número esse absolutamente razoável e sustentável e aqui:http://www.coopernico.org/pt/blog/77-1-encontro-nacional-coopernico
onde me irei deliciar.
Façam-se sócios que o Sol está à vossa espera!

sexta-feira, outubro 28, 2016

Muito prezo o grupo Cidadania Lisboa, http://cidadanialx.blogspot.pt, 
que acho tem um papel inigualável no alerta e vigilância das maldades que se vão fazendo por aqui. Tenho que referir que ás vezes parece, o que é um elogio e uma crítica, o Presidente Marcelo...
Já colaborei diversas vezes com eles ou em suas iniciativas.
Também referi que discordava frontalmente de uma sua petição sobre os Grafitos em Lisboa. Acho que há regulamentação suficiente e falta é autoridade, e eventualmente uma definição socio-cultural.
e julgo que já aqui referi este excelente livro, também passado em Lisboa.
Mas hoje venho aqui criticar o comportamento de/dos responsáveis do grupo ou pelo menos os que têm a cargo esta petição, a que pelos vistos não ligam nenhuma e foi só fogo de vista.
Há mais de 15 dias a deputada municipal encarregue da análise desta petição pediu a responsável da mesma (petição) uma reunião. Há 15 dias.
Nem comento o facto de não haver resposta, nem interesse em analisar e discutir os termos da mesma. Então para que andarem a perder o nosso tempo (desde logo o meu não que achei esta petição inútil!). Para queimar pestanas?


Lembrei-me hoje das carroças, que deveriam voltar a Lisboa.
e dos burrinhos de Miranda!

quinta-feira, outubro 27, 2016

Acontece. Ou aliás este processo já se vem a arrastar e entrou, definitivamente em coma absoluto.
NÃO, não percam o vosso tempo a ir à Brandoa ao 25ª, talvez pelo andar da carruagem,  último festival da BD.

Tudo requentado e sem o mínimo de interesse, e pior, mas mesmo inacreditável, até os simpáticos tarefeiros não sabiam o que haviam de fazer, 3 dias depois da inauguração... ainda tinham uma grande parte da mesma, má exposição, a ser montada. Inacreditável, Tive que lavrar uma folha de reclamação e exigir o retorno do preço do bilhete.
Foi, para mim, a última vez que aqui coloquei os meus canhotos.
Lembrete!
vale sempre a pena, um salto até à Brandoa:https://amadorabd.com.
Este é, talvez (o que uma só palavra faz), o melhor acontecimento de BD no nosso país.

quarta-feira, outubro 26, 2016

Já começou a semana passada mas só hoje pode ir ver o filme # Uma vida alemã # o relato da secretária do Goebbels.
Notável documento que mostra como a "ideologia alemã" toma conta de um povo inteiro. O fanatismo compagina-se com a indiferença e a lógica, alemã, tão alemã da obediência e hierarquia.
Não há banalidade do mal. Só mal.
Aqui http://www.doclisboa.org/2016/, podem consultar o programa.

segunda-feira, outubro 24, 2016

Numa altura em que mostrando o completo domínio da informação pelo curto-prazismo, a nossa comunicação social vive (e baba-se) mergulhada em filmes de cow-boys, com palitos para cá e pilotos para lá, nos jornais e outra comunicação séria este problema está na ordem do dia:
http://www.huffingtonpost.es/2016/10/24/co2-record-historico_n_12622502.html?utm_hp_ref=spain
e nem de propósito:
 e não será esquecido o lugar miserável do nosso país e sobretudo de Lisboa no ranking da reciclagem e recuperação energética dos materias, o abandono de o mínimo de decência na triagem e separação de materiais e a irresponsabilidade e tenho que dizer a i-m-b-e-c-i-l-i-d-a-d-e do vereador que atribui as culpas de não haver mais e melhor à ValorSul. Mas esse senhor está a mangar com quem?
Infelizmente não há vozes independentes na C.M.L. e a oposição não existe.

a refracção da luz na água...

domingo, outubro 23, 2016

Fiz várias intervenções na vereação a denunciar a incapacidade do pelouro então dirigido pelo Dr. Fernandes em desenvolver uma, uma política de reciclagem adequada, ainda me lembro quando ele respondeu que não era verdade que a C.M.L. tinha recuperado um, um barril de óleo usado, o mesmo que uma escolinha primária de Sintra!.
Hoje tenho no Expresso esta notícia assustadora:http://expresso.sapo.pt/sociedade/2016-10-23-Acores-sao-os-melhores-e-os-piores-a-reciclar
e nele este individuo o Sr Cordeiro (será o substituto do Dr. Fernandes?) diz umas barbaridades para justificar o último lugar de Lisboa no ranking da reciclagem ( só batido por uma terra, se calhar com grandes problemas de transportes, nos Açores)
Desde que confrontei o Presidente Abecassis, também então na vereação, e ele me disse que já havia 3 ou 4 vidrões... em Lisboa, que isto não estava tão mau.
Uma limpeza, radical, é o que é preciso. Na vereação e nos serviços, onde há muito ranço. Que se pode reciclar.
e não me venham com cidades isto e aquilo, pelo Clima e que tal.
O lixo não reciclado é um dos principais componentes das alterações climáticas. A medalha fora da lapela já. O melhor não porque nem essa sabem reciclar!

sábado, outubro 22, 2016

Esta a única droga que deveria ser proibida:
mata milhares cada ano!

sexta-feira, outubro 21, 2016

Aconcelho quem poder, ou hoje ou amanhã, uma ida a Caldas, assistir a um excelente, mas excelente mesmo, espectáculo de um dos nossos melhores grupos de teatro:
http://www.teatro-da-rainha.com/
Estive lá ontem e saí deslumbrado, com os textos, a qualidade da interpretação, a sobriedade dos cenários a excelente direcção e organização da peça.
Se poderem, não percam. E uma volta pelo Oeste é sempre de proveito cheio.
E se voltarem a Lisboa não percam esta caminhada em Cascais no Domingo:
O Carlos, posso garantir-vos é um dos caminhantes que fazem caminho. Encontrar-me-ie com ele na suficiência, com um abraço.

quarta-feira, outubro 19, 2016

E Espanha aqui tão perto...
E ainda para mais temos rios em comum e terra partilhada.
O Tejo, aqui pela voz de um dos seus defensores eméritos:
http://www.eldigitalcastillalamancha.es/articulo_entrevista.asp?idarticulo=227677&idfirma&lugar&ant
hoje, no 27ª aniversário de um grande acidente nuclear, na central nuclear de Vandellos I, na Catalunha e quando todos os alarmes nos chegam de Almaraz.
Em França as centrais com as deficiências de equipamentos que também foram instalados em Almaraz... foram encerradas.
Por lá (e por cá o nosso Ministro do Ambiente!) assobia-se para o ar..
Será que é assim que iremos assustar a nuvem?

terça-feira, outubro 18, 2016


M.I.A.* alerta autarquias e a população!

Estiveram vários elementos do Movimento Ibérico Antinuclear presentes em Seia no simpático, mas a necessitar de mais envolvimento, festival de cinema ambiental o Cine-eco, este ano sob o epigrama Nuclear, Não Obrigado.
Neste foram passados dois documentários notáveis sobre Chernobyl (um o grande prémio!) e duas excelentes peças jornalísticas sobre Almaraz. De referir ainda um interessante sobre a história do urânio (também premiado!), todavia dando todavia pouca importância às consequências e ligações desta mineração, que felizmente contou com as palavras informadas de António Minhoto, da comissão dos ex-trabalhadores.
Mas foi   no dia dos documentários sobre Almaraz que houve debate, a sério.
Nesse podemos confirmar que a nossa Protecção Civil está entregue a Nª Senhora de Fátima no que se refere a qualquer hipotético acidente nuclear.
Numa altura em que os trabalhadores do Conselho de Segurança Nuclear  (C.S.N.) espanhol, denunciam a administração do mesmo e referem o paralelismo entre o que se passou Fukushima e “que o contribuiu para a gravidade do acidente e o que nos diz o C.S.N.” sobre Almaraz.
No debate ficou claro que a nossa Protecção Civil:
1- tem um plano de evacuação que deve estar no mesmo local onde estava o plano de emergência e de evacuação de Chernobyl. Fechado no cofre forte da central... que explodiu.
Pois esse plano de evacuação, a existir, é ignorado pelas autarquias do Tejo de Castelo Branco e de Portalegre, é ignorado pelas forças vivas, escolas, associações profissionais, sociais, sindicais ou empresariais. Ninguém conhece, ninguém ouviu falar, nunca foi feito qualquer simulacro, não há nenhuma preparação, de nada, nem o envolvimento de ninguém, nimguém mesmo. Está fechado nalgum cofre...
Numa altura em que o risco de uma central com um imenso historial de incidentes, e acidentes, mesmo tendo já que motivado o quase fecho do abastecimento de água a Lisboa nos anos 80, numa altura em que as peças defeituosas motivam alarme nas centrais francesas mas são tidas por irrelevantes pela administração do C.S.N. (mas não pelos seus técnicos e cientistas!), a nossa Protecção Civil refere que tem um plano de evacuação.
“Fia-te na Virgem e não corras” disse um dos membros do M.I.A. quando um responsável da Protecção civil o anunciou.
Autarquias é hora de agir!

2- Mas mais grave foi o total, total e absoluto desconhecimento pelo mesmo responsável  da Protecção Civil da intervenção de emergência necessária. Seja o lançamento na rede de água de iodo, seja a disponibilização de pastilhas aos cidadãos das zonas afectadas.
Na Bélgica e em muitas zonas da Alemanha todos os cidadãos já tem esse fornecimento, por lei. Por cá um encolher de ombros e “não é connosco é um problema de saúde”.
É imperativo que alguém, e desde logo as autarquias sujeitas a graves consequências no caso de um imponderável nesta central nuclear, se imponham,
uma vez que a acção do nosso ministro do Ambiente, que tem um pedido de audiência do M.I.A há bastante tempo e que ao contrário do Parlamento e das autarquias não quer ser informado do que se passa nestas centrais, (a acção do nosso ministro do Ambiente continua a ser ao arrepio do tratado luso-espanhol e das directivas europeias, escassa e dispiciente).
É imperativo que as autarquias estejam alertas, exijam que se façam exercícios de evacuação e sejam disponibilizadas pastilhas de iodo para as populações, ou sejam armazenadas em condições adequadas.
O M.I.A., todas as inúmeras organizações e forças políticas e sociais portuguesas, extremenhas e ibéricas que se têm empenhado a uma só voz, exigem o encerramento, imediato, de Almaraz. Porque a sua produção é desnecessária e negligenciável, porque é demasiado arriscada a continuação da sua laboração, porque os riscos sociais ambientais são tremendos.
Mas também exigimos que todas as medidas de segurança das populações, todos os meios de minimizar riscos, que infelizmente não se compaginam com documentos fechados em gavetas, ou acções depois da hora do acidente.
A nossa Protecção Civil deve ser desde já pro-activa e é isso que deve ser a exigência das autarquias e das forças sociais de todo o país!

António Eloy
*Movimento Ibérico Anti-nuclear

quinta-feira, outubro 13, 2016

BOB DYLAN - Mr Tambourine Man


Parabéns, Merecido prémio Nobel. Arrasadora esta canção. E também excepcional a adaptação (com autorização do próprio) sobre o inconcebível, mas infelizmente real, Trump. Ver em http://signos.blogspot.pt/search/label/Bob%20Dylan
Continuo, no enquanto termino mais alguns livros, já em trabalho tipográfico o "Comendo Ambientes" , vou circulando, já a chegar ás quatro dezenas de sessões, algumas duplas ou até... quíntuplas pelo país a curto circuitar a energia (a má é claro...) e contribuir para a sustentabilidade,
Évora é aqui ao pé...
este, em vermelho, ficou mto bem!

terça-feira, outubro 11, 2016

Hoje é Yom Kippur. Shalom.

sexta-feira, outubro 07, 2016

Em Lisboa temos vindo a assistir ao fecho mas também ao rejuvenescimento de alfarrabistas. Nem sempre com proporção e sentido, e não posso deixar de lamentar que alguns vendam páginas (soltas) de livros antigos, vemos que "velhos" alfarrabistas vão ocupando novos espaços (o caso da antiga Sá da Costa) e novas livrarias vão surgindo, enquanto se espera que a fnac passe definitivamente para o sector dos electro-domésticos, onde se está a especializar, e a Bertrand seja decentemente renovada (que aquilo é outra coisa, não é uma livraria! nem a mais antiga do mundo!), está para breve uma nova no Chiado.
Gosto de livrarias e de alfarrábios.
E tenho que vir aqui dar conta de uma excepcional, com muito bom gosto, um espaço bonito e bem apetecível para estar e folhear, comprar, livros "velhos".

Em Caldas da Rainha: http://www.livrariaalfarrabista.com , esta é de certeza uma das nossas melhores livrarias, alfarrabista.

quinta-feira, outubro 06, 2016

Numa altura em que o Medin-algadismo toma conta de Lisboa, sem qualquer voz crítica a denunciar as asneiras (dizem-me que o meu estimado Nunes da Silva o faz mas não o ouço, teremos que almoçar!),
numa altura em que se vê à luz fosca que não há tirando os mencionados (mesmo discordando deles!),  e pouco, muito pouco mais, qualquer capacidade na vereação da cidade,
numa altura em que já se sabem todos os candidatos, salvo o do P.S.D. que o meu estimado, e da minha forja, José Eduardo Martins, numa lamentável entrevista hoje à T.S.F. disse não ser (mas quem, sabendo-se que não há mais ninguém, o PSL não vai, o Moreira, tem outros projectos, o???a ???? por favor haja dó!), pois diz ele que está a fazer o programa ( para o quê? se não for para ele...)
numa altura em que por todo o lado se lamenta a falta de uma ideia global para a cidade que não seja mais casuística, e obra ignara, falta de projectos culturais e ambientais, falta de ideias de sustentabilidade, e sobretudo continua a faltar uma ideia para o essencial a reforma dos serviços camarários, que passa por libertar a maioria do pessoal e aligeirar os serviços, informatizar  e agilizar processos e a gestão.
Sei bem do que falo, na minha última passagem pelo Executivo fui cilindrado por mais umas manigâncias dos serviços, cobertas por gentinha com ambição mas sem categoria.
Os serviços da C.M.L. continuam a servir-se e a gestão desta não se pode alterar sem uma limpeza radical, que o que se tem feito tem sido sempre pela rama. Não há nenhum cidadão que tenha interagido com eles (serviços) que não saiba do que estou a falar.
You know what I mean!????

quarta-feira, outubro 05, 2016

Sobre o FOLIO
Em busca de uma utopia perdida
Uma "feira" necessária, com problemas de acertos, de organização, de informação, uma Folio a precisar de crescer em densidade e como espaço de afirmação de alguns livros, de alguns autores, de algumas editoras, e de outros e outras sobretudo. Que irá melhorando, apreendendo com os erros e libertando-se do 'curto-prazismo’ e das "grandes editoras" e grandes ou muitas vezes supostamente grandes chapéus do politicamente correcto.
Bem sei que é a pescadinha de rabo na boca, mas por algum lado se tem que começar a dar voz a outras realidades e outros discursos, além desses, destes.

 Estive em várias conversas agradáveis e recolhi impressões sobre muitas outras. O tema desta Folio era muito, muito arriscado. A Utopia é a base de todos os totalitarismos, mesmo na tal ilha de Thomas More (prefiro a do Sancho Pança!), e muitas vezes é a sua esperança...
Fui quase (retoricamente) linchado por me atrever a criticar um livro abjecto, de um personagem abjecto (não era o Mein Kampf, mas foi escrito por um psicopata da mesma estirpe, e a merecer tribunal, aliás já lá está, porque ofensa é crime) e também, nesse âmbito por referir o absurdo do estribilho 'é proibido proibir' e mencionar que se tinha que colocar limites a tal.
Noutra tertúlia tive que desmentir uma discursata contra as renováveis, por pessoa que manifestamente falou sobre essas por ouvir dizer, e tive que dizer que era tudo ao contrário dessa voz de 'poder'. E ainda tive que lembrar que se a utopia se realizasse   a maioria dos presentes, portadores de óculos... seria... sabão... Como no Camboja do marxista-leninista Pol Pot.
Felizmente não estamos no império do Maio de 68, que só por brincadeira universitária, só mesmo por brincadeira ou diletantismo académico, se pode comparar ao 25 de Abril!

“Erros meus, má fortuna, amor ardente” é a minha melhor definição para este Folio. Erros a corrigir, azares ou imprevidências a evitar, e um amor ardente que não pode ser só financeiro ou por grandes títulos, mas deve ser intrínseco aos “livramores”, que independentemente do tempo e do espaço continuam a cruzar livrarias de referência, onde há cultura e verdadeiros livreiros, continuam nesse tempo e nesse espaço a viver as suas estações de chuva ou sem ela e a inventar passados para construir futuros, imperfeitos! de preferência.
Que corrigindo estes aspectos os amantes da palavra real e não ficcionada em utopia possam encontrar 10, 100, 1000 Folios que cresçam e se desenvolvam em criatividade e imperfeição.
Óbidos merece as muitas valências, nichos de que se dotou, todas em busca do seu nirvana, que só as utopias irrealizáveis atingem. Este Folio não é o festival medieval ou do chocolate, o público que aqui vem é o dos livros, é o destes bicharocos. E salvo uma ou outra “pop star” que provoca histeria, que também surge neste entorno, não se vê gente aos encontrões e nalguns momentos Óbidos parece ser Óbidos.

Mas, há sempre um, alguns mas há também elementos a corrigir ou isto, o Folio comer-se-à a si mesmo. Tem que haver, alguma, interacção com a população local e sobretudo com o comércio local, muito marginalizado. Se o Folio não for assumido em Óbidos, por Óbidos, será uma excrescência, que poderia ser noutro local qualquer. Tem que ser único e por isso embeber-se de ginja...
E também, julgo que é necessário que o Folio se articule, crie extensões noutros pontos da Região Oeste, se articule com Caldas, Bombarral, Alcobaça, Peniche, etc., os as muralhas de Óbidos serão o seu cerco que o impedirão de ver novos horizontes, e os livros são, devem ser sobretudo movimento de palavras, a meditar ou perseguir-se.