domingo, maio 31, 2015

sexta-feira, maio 29, 2015


quinta-feira, maio 28, 2015


quarta-feira, maio 27, 2015

Merece o meu total apoio e assinatura!

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Exmo. Senhor
Presidente da Câmara Municipal de Lisboa
Dr. Fernando Medina


Face à onda de intervenções radicais e devastadoras que as árvores de Lisboa têm sofrido nas últimas semanas - empreitadas de poda, abate e substituição de árvores de alinhamento e de jardim um pouco por toda a cidade, de Alvalade à Estrela, das Avenidas Novas a Arroios, da Graça à Ajuda, com menor ou maior grau de intensidade e número de árvores objecto das mesmas, com mais ou menos gravidade e grau de irreversibilidade, sob esta ou aquela justificação, não poucas vezes caricata, e outras tantas por razões que a razão desconhece - considera esta Plataforma recém-constituída ser seu imperativo dirigir-se ao novo Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, uma vez que nos parece ser tempo de se virar de página e da cidade partir para outro paradigma.

Porque entendemos que quando estão em causa valores tão nobres e elementares como a preservação de um património que temos a obrigação de legar às gerações vindouras, o direito à informação, os afectos, o respeito por todas as formas de vida, a qualidade de vida  e o bem-estar da população; ficar-se calado não serve!

É verdade que esta insensibilidade e este menosprezo pelo indispensável contributo dado pela árvore à cidade e por aqueles que as defendem não são de agora. Todos nos lembramos da destruição massiva de jacarandás nas transversais à Avenida da República e dos 153 plátanos abatidos nem há 10 anos no Campo Pequeno porque havia que implementar determinado projecto de paisagismo. Ou do “vendaval” no Vale do Silêncio, as “desmatações” de Monsanto e a “requalificação” do Príncipe Real, só para enumerarmos algumas reconhecidas más práticas. Mas é neste preciso momento que o flagelo assume proporções inauditas, com o confluir de uma série de constatações e de procedimentos menos claros (por exemplo, ajustes directos através dos quais é diagnosticado o estado do arvoredo - que compete aos serviços municipais e após parecer do Laboratório de Patologia Vegetal Veríssimo de Almeida – e se procede aos abates e às podas, e posteriormente ainda dentro do mesmo ajuste, se vendem os espécimes de substituição - cuja determinação a competência continua na esfera do Município e não das Juntas), a que importa obviar de uma vez por todas, Senhor Presidente, a saber:

As árvores não são podadas nem conservadas nem tratadas, quando doentes. Antes se mutilam, agridem, abatem e substituem como se fossem objectos de decoração descartáveis e sujeitos à ditadura da última moda, nem sequer respeitando a época mais propícia para as árvores e para a bio-diversidade que albergam. Há árvores de primeira (as estruturantes) e de segunda (as de alinhamento).

Não existem jardineiros, mas abundam os curiosos e os madeireiros de serra em punho, cujas intervenções deveriam ser adjudicadas com transparência, critério e sem conflitos de interesse, tantas vezes ao arrepio dos pareceres fitossanitários de entidade idónea e, ultimamente, ao abrigo do não exercício da prorrogativa de declarar esta temática como estruturante, delegando nas Juntas de Freguesia de forma a nosso ver errada e contraproducente, transferindo direitos a nível da gestão do arvoredo, mas esquecendo-se de transferir as boas práticas já regulamentadas, logo agora que aquelas ainda estão numa fase de auto-afirmação e de delimitação de território.

Continuam a não ser aplicados e cumpridos o Regulamento aprovado pela AML (51/AM/2012), que resultou da deliberação 102/CM/2009, nem o Despacho do 60/P/2012 do Senhor Presidente de CML de então, mas quando há um parecer sério que indica a necessidade de abater determinada árvore, logo esse mesmo parecer serve para uma dúzia de outras sãs.

Perdeu-se a boa-prática de consulta preferencial ao LPVVA, preferindo-se o parecer de empresas que depois procedem elas próprias à poda e ao abate no que se configura como procedimento a carecer de sindicância.

Cultiva-se a ignorância, acenando com pragas e alergias, velhice excessiva das árvores (quando árvores com 60 anos devem ser consideradas jovens), cataclismas inevitáveis e a corrosão da chapa. Alimenta-se o ódio instalado ao choupo, cipreste, plátano, freixo e, quiçá a breve trecho, à tília, à tipuana e ao jacarandá! Não se percebe de onde vêm os novos espécimenes que se plantam, mirrados e sem copa frondosa previsível que não por várias décadas, nem para onde vai a lenha que resulta de tudo isto. De uma assentada, como no caso recente da Av. Guerra Junqueiro, destrói-se a imagem até agora inalterável de um arruamento histórico com 60 anos.

Por isso esta nossa carta dirigida a V. Exa., Senhor Presidente, porque temos esperança que a sua juventude signifique irreverência, sensibilidade e vontade indómita em querer mudar o status quo que muitos presidentes antes não conseguiram mudar, pelas razões que cada qual saberá.

Os regulamentos existem e bastará cumpri-los, pois têm matéria suficiente para que os procedimentos de poda, abate e substituição de arvoredo se traduzam em boas práticas de arboricultura, motivo de orgulho para esta cidade, em contraponto com tantas outras onde continuam a aceitar práticas retrógradas, baseadas em mitos e inverdades.  Não aceitamos que Lisboa possa ser referida como um dos piores exemplos de gestão do arvoredo do país, quando tem todas as condições para ser exactamente o oposto, desde que corrija o que é preciso corrigir.

Estamos, como sempre estivemos, disponíveis e empenhados em colaborar com a CML e com o seu Presidente e os seus Serviços para que consigamos esse desiderato.

Conte connosco!
 
Lisboa, 26 de Maio de 2015


A recém-formada "Plataforma em Defesa das Árvores":
Associação Árvores de Portugal
Associação Lisboa Verde
Fórum Cidadania Lx
GEOTA-Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente
Grupo de Amigos do Príncipe Real
Grupo dos Amigos da Tapada das Necessidades
Grupo Ecológico de Cascais
Liga dos Amigos do Jardim Botânico
Plataforma por Monsanto
Quercus
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domingo, maio 24, 2015

Depois do colóquio/tertulia na quinta, aqui anunciado, em posta anterior, na 6ª aqui, ocasião para uma troca de impressões:

domingo, maio 17, 2015

E eu a passear, embora Lisboa se pareça ao Metro em hora de ponta, cheia de turistas....
ou na esplanada...

sábado, maio 16, 2015

Ainda têm até dia 24 para ver as excelentes fotos do World Press no Museu da Electricidade.
Aqui duas que devem ser meditadas:
nem vale a pena fazer comentários...
esta é de um dos últimos espécimes de rinoceronte negro, no caso a ser salvo, embora pareça o contrário.

quinta-feira, maio 14, 2015

Para as agendas:
o anterior foi excelente!

quarta-feira, maio 13, 2015

A foto é do Luiz Carvalho, dizem-me que dos anos 70.
eu lembro-me muito bem de rebanhos no Saldanha, a pastarem onde hoje está o Imaviz, nos anos 60. E nos anos 80 nas bordas da Cidade Universitária, até onde hoje é o ISCTE.
Lisboa era uma cidade rural. A leiteira trazia o burro com as bilhas até ao Chiado e andavam carroças por todo o lado. 

Hoje a notícia é sobre barcos, e de registar este excelente trabalho da Quercus:
http://www.quercus.pt/comunicados/2015/maio/4299-nabu-quercus-avaliam-poluicao-dos-grandes-navios-de-cruzeiro-em-lisboa
é que pela porta das traseiras estão-nos a meter porcarias indesejáveis.
A APL devia assumir uma atitude, e se começasse a multar os navios que não cumprem as regras o ambiente urbano ganharia...
este não polui!

segunda-feira, maio 11, 2015

quinta-feira, maio 07, 2015

Foi numa sala cheia que nem um ovo, que no ISEG se realizou ontem uma apresentação do documento sobre política macro-económicas e enquadramento da acção que o P.S., se for governo irá ter em conta.
A economia é como uma máquina de fazer salsichas, depende do produto que nela se introduzir, da forma que se queira dar ao produto, dos ingredientes que nele se coloquem, do tamanho ambicionado.
Não existe economia no vazio, como aliás bem disse na intervenção inicial Paulo Trigo Pereira, mas balizada por opções e orientações políticas e sociais, como foi sublinhado também por uma intervenção da plateia e esteve presente em todas as intervenções, de que destaco a de Vítor Bento por colocar questões a um nível de debate e utilidade para uma melhor elaboração ou correcção deste interessantissimo documento, que coloca a discussão das nossas políticas públicas e do seu financiamento a outro nível (este, V.B., esteve completamente errado na avaliação de Piketty, mas essa é outra conversa!, a luta contra as crescentes desigualdades é fundamental!).
Este documento deverá do meu ponto de vista ser corrigido, a questão da TSU, e contra mim empresário falo, não faz qualquer sentido e os custos do trabalho não devem no quadro global da economia serem reduzidos, falácia que anima o actual primeiro ministro.
E é pena continuar-se a flutuar no etéreo, sem introduzir as questões da realidade, da diminuição de recursos, das alterações climáticas e das migrações, na balança e se continuar com o discurso mitológico sobre a diminuição da natalidade, quando não existe nenhum problema demográfico!
E Lisboa?
Pois a alteração da política de representação deveria também ser compaginada neste quadro, a organização do território e os seus custos...
Tudo está articulado. O antigo Convento das "madres de Goa" (Madragoa!) dito das inglesinhas onde também passei ontem foi templo de pensamento e boa discussão.
Cá fora a malta desbundava, o que também é cultura...

terça-feira, maio 05, 2015

Já não há por Lisboa destes artesões, remendadores de mobílias, fazedores de objectos, artífices da madeira.
embora tenham vindo a reaparecer, por aqui e por ali, alguns laivos desta antiga arte.
Será um bom fim de semana, por estas terras mágicas, onde uma língua ancestral bordeja o tempo e onde burricos únicos ainda nos fazem viajar nesse.
O cartaz é magnífico.

segunda-feira, maio 04, 2015

Vale a pena visitar, e quem como eu a conheceu só garagem é um enorme prazer, a igreja de S.Julião, embora ainda (?) muito despida... e com demasiada segurança e funcionários por todo o lado... será que têm medo que roubemos o ar?
aqui uma foto de um excelente diaporama, com a evolução da localização e estrutura da mesma, embora faltem imagens da dita antes de ser garagem e ser ainda consagrada, julgo que até à década de 30/40 do século passado...
Muito interessante a visita ao troço da cerca Moura descoberto, no subsolo, e também assim aos materiais e informação qualificada que é fornecida:
com interesse, embora um pouco deslocado o diaporama sobre as origens nacionais, onde todavia retive o mapa da ocupação templária... que merece outra história...



Continuamos a viver rodeados de desinformação, manipulações e mentiras grosseiras, na área da energia e grosserias, velhaquices, superfluosidades, soundbytes, e miudagem na área política.
A miudagem, entenda-se não tem que ver com a idade, que há gente nova com estofo e formação/capacidade, mas com o jotismo, incompetência e ignorância que vicejava nas margens do poder, de todo o poder...
Por exemplo...estive em reuniões de um movimento político, que irá concorrer às eleições e informei que os dados que usavam estavam errados. Pois após verifica e contra verifica dos dados que lhes dei... disseram-me que tinha razão... mas que para satisfazer os seus membros... iriam usar a média dos últimos 10 anos! Conservo o mail com essas doutas conclusões!

Pois aqui, sem erro, nem manipulação está a informação sobre a produção e o correspondente consumo de renováveis em Lisboa:


Ou seja a produção doméstica de electricidade a partir de painéis fotovoltaicos correspondeu a 401,1 kWh, o que permitiu abastecer todos os  consumos de uma família, o frigorífico e o congelador do vizinho. 

E graças à produção de todos os parques eólicos em funcionamento na região de Lisboa abastecemos 16 % das habitações de Lisboa. 

Já com o solar térmico para aquecimento de águas, em Lisboa,  uma família média  poupou 13,02 m3 de gás natural, durante o último mês.

 


domingo, maio 03, 2015

Está até dia 12, no Torreão Poente do Terreiro de Paço uma exposição interessante de gravuras de Goya, que me deixou, tenho que referir um pouco desiludido.
Conheço as espectaculares gravuras dele relacionadas com toiros e toireio, que infelizmente não estão presentes, mas as que estão valem uma visita.
Nestas Goya antecede o nosso Bordalo no humor, e contundência em relação aos poderosos, aos "donos disto tudo", mas também aos trapaceiros da política e a gente fanática e sem qualidade.
Aqui 3 exemplos, mas muitos mais há pelas cerca de 100 gravuras que nos são exibidas.
 Quem saí aos seus....
Albarda o burro...
Caíem que nem tordos...
Poderiam ser os títulos desta quadros... e todos eles nos remetem para a vida e a política...

Já só está até hoje, no Museu Arpad Szenes e Vieira da Silva , uma notável exposição.

Quem não viu, aqui um cheiro:

 



um apetite...
e uma delícia!


sexta-feira, maio 01, 2015


Foi um momento de grande espessura, de amizades e reencontros, a tertúlia que se realizou dia 30 na Fábrica do Braço de Prata.
Embora a assistência não chegasse às 2 dezenas ninguém deu por mal empregue o tempo.
Iniciámos a sessão com Luís Coimbra, que contou alguns episódios das suas aventuras enquanto deputado e vereador do PPM e também falou do fracasso da constituição desse como aglutinador da ecologia politica entre nós.
António Gonzalez, hoje, quando é público que os Verdes foram uma decisão ao mais alto nível do PCP, contou as trapaças que houve e acabaram por o vitimar mas também o seu empenho e sinceridade, da qual nunca duvidámos.
Estórias divertidas, gentes que partilhámos e a solidariedade que vive.
Paulo Trancoso falou dos primórdios do MPT, onde os 4 estivemos!, que poderia ter sido o partido, de facto, da ecologia politica em Portugal e das razões, menores quase todas, do seu fracasso. Houve muitas estórias, muitas gentes, e não posso deixar de mencionar Gonçalo Ribeiro Telles que esteve na palavra e carinho de todos.
4 ou 5 elementos da assistência intervieram, Rui Cunha e Nuno Nabais levantaram questões que serão abordadas noutras tertúlias.

Como conclusão, pessoal, diagnostiquei a impossibilidade e mesmo a falta de interesse objectivo de constituir ou dar qualquer simpatia aos partidos que reivindicam, ainda, essa bandeira política, entre nós.
E mencionei que o PAN não é um partido ecologista, mas sim uma organização animalista que defende uma noção da vida e ética contrária à defesa do ambiente e o fiasco da que poderia ter sido a última aventura de ecologia política, o Livre que ficou com a papoila, andou pelos Verdes europeus, e foi-se juntar aos trogloditas estalinistas duplicando o já existente BE.

Aqui, enquanto aguardo as fotos da sessão do Rui, vai o chorinho. Que posso garantir foi excelente e bem humorado, assim como o dos 4 "estarolas" que o antecederam.


A próxima tertúlia moderada pelo João Carlos Caninas terá a participação de Eugénio Sequeira, Susana Fonseca e João Joanaz e será dia 28 de Maio!