sábado, novembro 30, 2013

Amanhã meta os seus sapatos ou socos ao caminho...
que é o último dia para ver as coisas que fazemos com cortiça, nos Jerónimos. Vale a pena e aproveite para desfrutar um espaço único.
E pelas 16 horas vá ver a peça um Estalo Novo, no CCB.
Antes se conseguir avie uns pastéis de Belém.


quinta-feira, novembro 28, 2013

Colina de Santana: Vem aí a 2ª fase de debate


Continua um mistério, o ‘preâmbulo’ das «Operações de Loteamento a Realizar nos Hospitais de S. José, Sta. Marta, Capuchos e Miguel Bombarda», i.e., ignoram-se os bastidores do Novo Hospital de Todos-os-Santos - causa maior daqueles loteamentos. Desconhecem-se a PPP que o ‘musculou’, o envolvimento ESTAMO/CML, o investimento total estimado, o custo-benefício por comparação com a desafectação dos hospitais ainda em funcionamento (nº de camas, pessoal, equipamentos, serviços, de cariz económico, social, psicológico, acessibilidade), se houve concurso público (havia quem se preparasse para executar a obra!), etc. Finalmente, por decisão recente do Governo, parece que vai voltar tudo à estaca zero!

Mas se nada se sabe sobre isso, o mesmo se sabia sobre os loteamentos referidos, pois só há poucos meses a CML abriu uma ‘discussão pública’ sobre os Pedidos de Informação Prévia (PIP), submetidos à CML pelo promotor (ESTAMO), sendo que aquela, contudo, neste Verão, em final de mandato, a publicaria num anúncio ‘invisível’ (alguns dos vereadores nem o viram e não o veriam não fora o alerta público dado por alguns atentos), estipulando um prazo de participação tão miserável que apenas se explica pela sofreguidão em o fechar “asap”. Mas as pessoas mobilizaram-se, por “e-mail”, carta, expondo a quem de direito, em artigos de opinião, abaixo-assinados, SMS. A ‘sociedade civil’ está de parabéns!

Contudo, passaram já 2 meses e ainda não houve divulgação do relatório de ponderação. É que se a CML o costuma publicar (obrigada por lei, é certo) aquando dos Planos de Pormenor, também aqui o deve fazer pois são loteamentos de grande importância para o futuro da cidade que conhecemos; além do mais é uma questão de boas práticas.

Em vez disso, a CML anunciou que «face ao interesse que estes projectos têm despoletado…será de realizar uma 2ª fase de debate». Muito bem. E, há dias, que a Assembleia Municipal de Lisboa a irá protagonizar com «uma sessão de abertura, outra de encerramento e três debates», cabendo aos deputados municipais moderar e relatar «sobre o que os cidadãos venham a perguntar ou opinar». Depois, a AML «tomará a decisão final sobre o loteamento em causa». À primeira vista parece que voltamos a ter AML, mas fica a dúvida: terá esta poderes (Lei n.º 75/2013, Artigo 25º) para chumbar loteamentos? Pois. Porque se é para dali se produzirem recomendações à CML, o ‘filme’ no antigo Cinema Roma será de “reprise”: o Vereador do Urbanismo já referiu publicamente (e tem razão) que recomendações são apenas e só recomendações.

Voltando ao essencial, aos PIP para a “Colina de Sant’Ana” (o que faz Santa Marta numa colina?), e reconhecendo, obviamente, que no caso de Todos-os-Santos avançarem há mesmo que planear novos usos e valências para os hospitais a encerrar, e demolir muito anexo e recuperar muito atraso, é bom não esquecer o seguinte:

Há um vasto património, classificado e por classificar, que está ameaçado com a construção nova e os novos usos, e as memórias justificativas e descritivas dos PIP não o defendem por inteiro porque padecem de erros crassos, omissões, inventários incompletos (ex. S. José ‘esqueceu-se’ de S. Lázaro; não existe memória sobre o tributo imenso dos Jesuítas; a história hospital é reduzida ao trivial; há edifícios de valor que é como se não o tivessem – Instituto de Medicina Legal; cozinha, enfermarias e convento do Bombarda, etc.), pelo que se deve corrigir os PIP.

Além disso, nada se sabe de concreto sobre o uso futuro dos edifícios já classificados de interesse público e existentes nos lotes: igreja, Sala da Esfera, escadaria e corpo central do convento de S. José; Pavilhão de Segurança e Balneário D. Maria II do Miguel Bombarda, igreja e claustro de Sta. Marta, alas azulejadas do Palácio Melo nos Capuchos. E há uma confusão imensa sobre algo que há muito devia ser consensual: Lisboa precisa de um Museu Nacional da Saúde (S. José?) e de um Arquivo Municipal condigno (enfermarias e corpo conventual do Bombarda?). E muita indiferença sobre uma evidência: Lisboa deve manter o seu Museu de Arte Outsider “in situ”, i.e., também no Bombarda.

Finalmente, e talvez mais importante, estes loteamentos vão ‘fazer colina’ e fazer cidade, e os PIP em apreço (ainda que uns mais do que outros) vão fazer nestes locais mais cidade de inspiração Expo, com torres, estacionamento subterrâneo, superfícies comerciais, condomínios, muito perfil de alumínio e muita árvore “bibelot”. Será uma cidade radicalmente diferente.

Haja debate!

segunda-feira, novembro 25, 2013

Fazer o download e aumentar à vontade...:
tenho andado a medusar por aí.
No dia 11 de Dezembro conto convosco na Bulhosa, Campo Grande, para o lançamento de 4, quatro, livrinhos...
aqui colocarei convite...

sexta-feira, novembro 22, 2013

Pensa-se que aqui houve árvores...

Alameda D. Afonso Henriques
Av. Guerra Junqueiro
Av. de Roma
Rua Eduardo Brasão (ao Chile)
Praça de Alvalade
(Zona para deficientes)
Rua Edison
(A "Solução final")

quarta-feira, novembro 20, 2013

Cinema Odéon, o princípio do fim?


Adeus, Odéon (https://www.facebook.com/groups/103706563009747/?fref=ts). Fotos de Arq. José Manuel Fernandes, em cima, com o lustre (entretanto escavacado no Verão passado aquando de um roubo de metais) de néons alemães dos anos 30 iluminando o tecto de madeira do Brasil e o 2º balcão em todo o seu esplendor lá no alto do mais alto pé-direito dos cinemas de Lx; e de Jp Joaquim (de há dias e já com a sala sem cadeiras, caixa de palco, etc. e aqdo de uma visita da Cinemateca para recolha de elementos de eventual interesse arquivista). Ficam as memórias e a revolta, claro.

terça-feira, novembro 19, 2013

Hoje andei a vasculhar fundos,,, e encontrei este, notável.
http://restosdecoleccao.blogspot.pt/2013/02/cinema-odeon.html
e notável o desplante com que tratam do nosso património.
A demolição está para breve.
No comments!

segunda-feira, novembro 18, 2013


sexta-feira, novembro 15, 2013

Vem aí o piso URBANO-DEPRESSIVO:


Já está na zona da Avenida de Roma, em breve estará em toda a cidade com excepção das zonas 'postalinho'. Geee, coisa mais triste e medonha. (foto: Pedro Wanzeller Rebordão, no grupo facebook da «Avenida de Roma»)

terça-feira, novembro 12, 2013

Calçada Portuguesa, o princípio do fim?


In Público (12.12.2013)


segunda-feira, novembro 11, 2013

Sobre o chá já tudo ou quase tudo foi escrito. Hoje de tudo se faz chá. Ainda sou do tempo em que só havia chá negro, feito com água fervente sobre as folhas secas e servidas, coadas as folhas em chaleira apropriada.
Hoje há muitos chás e vai faltando cada vez o que define este.
Aqui fica o convite para um chá, que remete para memórias...
talvez lá me encontrem...

Recomendo o concerto de Waldemar Bastos no próximo sábado no CCB.
O seu último  disco, que nos vai mostrar agora com a orquestra da Gulbenkian, foi classificado como dos melhores do mundo de um dos melhores da world music.


sábado, novembro 09, 2013

Conversa Amiga em Lisboa




Ser solidário
Uma forma simples de ajudar
Apenas ir ter com as pessoas que vivem sozinhas na rua

A Associação Conversa Amiga (ACA) tem como missão oficial «Diminuir o sentimento de solidão e exclusão pelo isolamento humano em pessoas e grupos fragilizados». Simples de enunciar? Sem dúvida. Simples de implementar? Vamos saber mais um pouco nesta entrevista.
Duarte Paiva, mestre em Arquitectura, é o Presidente da Direcção da Associação e foi seu fundador há sete anos. Este responsável é também gestor de voluntariado e assume o papel de formador de voluntários da Associação.
O nosso entrevistado vai esclarecer quais os objectivos da ACA, quais os resultados da intervenção desta instituição na Cidade de Lisboa e também que futuro antevê para cada um dos projectos em marcha.
Para tanto, fomos à conversa com Duarte Paiva, que, entre muitas outras coisas, nos disse o seguinte:
«Neste momento somos cerca de 70 voluntários regulares na ACA (cerca de 4.200 voluntários envolvidos em actividades neste ano na ACA). São mais de 8.000 horas de voluntariado no corrente ano. No que respeita a pessoas que beneficiam de algum tipo de contacto e ajuda da ACA são cerca de 6.100 pessoas/ano. Temos mais de 600 actividades/ano (entre actividades dos projectos e formações). Em 2007 tínhamos cerca de 20 actividades/ano. Temos 14 parceiros pois funcionar em parceria é muito importante para nós… Este ano prevemos ter como gastos cerca de 20.000€ e ter receitas na mesma ordem. É muito insuficiente para tudo o que fazemos e para onde queremos ir».
«Temos voluntários que visitam pessoas em situação de exclusão humana e carências diversas. Pessoas sem-abrigo, pessoas idosas, temos voluntários que acompanham crianças sozinhas e em contexto de pobreza (…) Conversar, que é aquilo que muitos de nós gostamos de fazer, é um dos melhores meios de bem-estar e anti-exclusão que podemos ter ».
«… aguardamos a resposta para um segundo projecto que levará mais de 6.500 visitas/ano de médicos e enfermeiros a pessoas idosas em Lisboa. Se assim for aprovado pela CML. … O Estado deve criar mais e melhores incentivos para que também o privado apoie muito mais as associações sem-fins lucrativos».
«… é importante que, a longo prazo, pela actividade de voluntariado, ocorram mudanças em nós, enquanto pessoas – tornando-nos mais conscientes e sensíveis para o mundo que nos rodeia. Isso irá sem dúvida nenhuma mudar o mundo, tornando-o mais equilibrado, mais justo, eliminando as causas que levam às situações de sofrimento que hoje temos, e em que associações como a ACA e muitas outras são obrigadas a intervir».

Distribua esta nota a todos os seus contactos.
Para ler mais, aceda por aqui.

sexta-feira, novembro 08, 2013

E esta 'coisa', qdo é que a DGPC termina a classificação?


Esta coisa chama-se Palacete e Jardins de Santa Sofia, na Cruz Quebrada, o palacete é da autoria do Arq. José Luís Monteiro e o processo de classificação em boa hora aberto pela DGPC (Agosto de 2012) já leva mais de um ano de burocracia, acho que já está na hora de finalizar o processo administrativo, classificando o conjunto. Ou estão à espera que isto cá de baixo avance?

quinta-feira, novembro 07, 2013

Petição "Pela Manutenção da Calçada Portuguesa na Cidade de Lisboa!"



Para assinar, clicar AQUI

À atenção do Senhor Presidente da Câmara Municipal de Lisboa


Considerando que a Calçada Portuguesa é “ex-libris” da cidade de Lisboa, factor identitário da cidade aquém e além-fronteiras, elemento central da sua beleza e luminosidade, ambientalmente sustentável, regulando a temperatura e aumentando a permeabilidade do solo, vantagem competitiva, e, não poucas vezes, elemento valorizador do nosso espaço público;

Considerando que desde há décadas se assiste à má colocação e à pior manutenção da Calçada Portuguesa um pouco por toda a cidade, fruto de um sem-número de problemas por resolver (utilização de material de má qualidade, colocação por não calceteiros, obras constantes no subsolo, estacionamento automóvel nos passeios, etc.), que resultam em calçada esburacada, escorregadia e perigosa para o peão, sobretudo em arruamentos íngremes, contribuindo assim para uma compreensível aversão dos transeuntes à mesma;

Considerando que a Câmara Municipal de Lisboa, incompreensivelmente, tem vindo a procurar resolver este problema de forma ilógica, planeando a sua substituição por blocos de lioz e outros materiais a toda a cidade excepto à Lisboa histórica (contudo já o fez no Miradouro de Sta. Catarina e na Rua da Vitória, por ex.), e não, em vez disso, optando por corrigir as más práticas referidas no parágrafo anterior;

Os abaixo assinados SOLICITAM AO SENHOR PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA para que providencie no sentido de, doravante, a CML:


1. Combata eficazmente o estacionamento automóvel em cima dos passeios, causa de grande parte da destruição da calçada portuguesa.

2. Proíba a colocação de pedras que não de calçada portuguesa no espaço público de Lisboa, seja em obras da iniciativa da CML seja de terceiros.

3. Regulamente de forma eficaz as obras de infraestruturas (com calendarização regular de inspecções) levadas a cabo por terceiros, obrigando a que aquelas utilizem calceteiros credenciados para o efeito.

4. Dignifique a profissão de calceteiro (incentivos financeiros e outros).

5. Crie unidades de intervenção imediata de calcetamento, que monitorizem a cidade diariamente.

6. Elabore e torne público o ‘caderno de encargos’ que se pretende em termos de piso alternativo (materiais, novas abordagens, estética, etc.) nos casos e zonas em que tal se revele inócuo, a fim de se evitar um resultado como o verificado no Miradouro de Santa Catarina.


Lisboa, 7 de Novembro de 2013.


Para assinar, clicar AQUI

quarta-feira, novembro 06, 2013

duas notas.
Referi, por diversas vezes, aos vereadores responsáveis a importância, por todos os motivos, da introdução de charettes em Lisboa. Além dos bico/taxis e outras novidades que se veêm em inúmeras cidades por esse mundo fora.
Se as bico/taxis ainda mereceram alguma, e sem frutos, reflexão, as charettes foram descartadas por razões obscuras.
Qualquer delas cria emprego, anima a economia local, é limpa (as ditas têm recolha do produto in loco) e aumenta a lentidão urbana, tão necessária para reduzir os elevadissimos níveis de poluição, e tambémaumentar o tempo de viver.
Recomendo a todos, até porque não percebo porque o turismo equestre ( por exemplo em Monsanto) não se desenvolve mais...
e sei lá talvez o novo vereador das pequenas obras e do trânsito e se houver alguém a tratar do ambiente urbano possam reconsiderar estas ideias...

a segunda nota é para as agendas. Dia 11 de Dezembro eu e o meu colaborador e amigo Nuno Farinha iremos, com apresentação de Carlos Pimenta, e edição da Esfera do Caos apresentar oficialmente os primeiros 4 livros da nossa colecção de 7 sobre a Vida na Terra e os problemas a ela associados.
A Terra, a Água, o Ar e o Fogo serão os primeiros volumes.
Ao fim da tarde, em local a confirmar lá conto convosco...

domingo, novembro 03, 2013

Venho dar conta que se concluiu ontem, hoje são as recuperações, o excelente festival de documentários, Doc Lisboa 2013.
É um momento de excelência na cidade, que devia apostar mais na cultura, sendo que estes 10 dias as salas estiveram com ocupação muito boa e centenas de visitas se podem contabilizar para os cinemas que o acolheram, centenas, muitas acima da média.
E um fervilhar de gentes, testemunhos e emoções.
Excelentes filmes, embora julgue que muitas coisas há a limar (desde alguns docs que vivem do estatuto e são medíocres até à inacreditável cerimónia dos prémios!) e um ambiente super simpático.

E não posso deixar de felicitar o Joaquim Pinto, que conheci noutra vida e com quem partilhei esperanças, pelo seu excelente filme, triplamente premiado #E Agora? Lembra-me #



sábado, novembro 02, 2013

Não me admira nada, tendo sido um dos motivos que me levou a afastar-me das lides autárquicas uma situação de envelopagem nunca esclarecida!, que Lisboa apareça em 115º lugar (ex-aequo...com outros) na listagem do Indice de Transparência Municipal, ontem divulgada pelo TIAC (que já solicitei e comentarei com mais detalhe).
Nem nos pelouros supostamente mais transparentes há senão opacidade e assessorismos "funcionais", a libertação de informação é a que se sabe, o respeito pela cidadania voltou aos tempos de Abecassis (em que vereadores eleitos só tinham direito a... uma gaveta e meia secretária!) e as fitas camarárias (e a tal envelopagem) continuam sem rédea.
Voltarei ao tema que hoje me traz...
au bout du chagrin...

sexta-feira, novembro 01, 2013

O Cais do Sodré não é…


O Cais do Sodré não é… Começava assim um célebre fado-canção de Rodrigo e assim se continua a cantá-lo pois o Cais do Sodré é hoje muito diferente do que era e já foi: encruzilhada de mundos, tráficos e rusgas, cestas de peixe e de fruta, bares de prostitutas, navalhas de ponta e mola. O cais, propriamente dito, virou interface, os armazéns, restaurantes; ainda resta algum esplendor à estação de Pardal Monteiro, e do Mercado da Ribeira resta nada para lá da fabulosa cúpula e de uma estrutura que resiste a tudo até aos bailaricos deprimentes de final de semana (aguarda-se com expectativa as promessas à la Covent Garden, feitas por CML & Time Out…). Mas há moradores e comerciantes. Curiosamente, se os primeiros tendem a aumentar, os segundos diminuem a olhos vistos.

Convivem com prédios a cair aos bocados (prédio sim, prédio não), passeios e esquinas repletos de lixo (não há meio deste povo ser civilizado), tubos de escape e buzinas (a circulação automóvel na R. do Arsenal continua a ser um pesadelo), etc. Não bastava isso para lhes testar a resiliência e uma vontade em quererem habitar a Lisboa histórica, para a CML insistir agora em fazer da zona um Bairro Alto II, promovendo mais bares abertos (sem licença), fontes de ruído e sujidade, e esquecendo-se de tudo o mais que fez do BA um dos maiores quebra-cabeças da capital: como compatibilizar um mínimo de qualidade de vida de quem nele mora com uma animação nocturna que lhe serve de ex-libris? Não se percebe, portanto, como é que a CML embarca na irresponsabilidade de promover um novo BA no Cais do Sodré, Corpo Santo e São Paulo, antes mesmo de resolver o problema grave daquele, que dura há mais de 10 anos, sem resultados positivos: tentou-se limitar a circulação automóvel, nada; limitar os horários dos bares, nada; acabar com os graffiti, nada; tenta-se agora, e bem, combater a insegurança pela colocação de videovigilância mas é preciso esperar para ver… Qual é a pressa em replicar o BA no Cais do Sodré? Há alguma razão por detrás ou simplesmente uma razão que a razão desconhece?

Se a CML quiser efectivamente melhorar a vida de quem habita e trabalha no Cais do Sodré, que promova a reabilitação do edificado respeitando a traça, coloque pilaretes, recupere os passeios, promova um verdadeiro urbanismo comercial, lave diariamente as ruas e o espaço público, recolha o lixo, discipline as esplanadas, pedonalize mais ruas, desvie o trânsito poluidor o mais possível da zona residencial, faça cumprir aos bares a Lei. Mas não venha com mais côr-de-rosa!


Paulo Ferrero (13.8.2013)

(In AtuaLis Out.2013)