domingo, setembro 29, 2013

«Combatendo a abstenção» ou «Como, em Lisboa, se acarinham os deficientes motores»

 
23 Janeiro 2011
 29 Setembro 2013 (11h 35m)
Como, há 32 meses, se fazia o acesso de deficientes à Assembleia de Voto de Alvalade e como se fez hoje - depois de resolvido o problema da rampa empenada da forma que a foto de baixo documenta...

sexta-feira, setembro 27, 2013


quinta-feira, setembro 26, 2013

Hoje no meu blog pessoal dou indicação de voto em Lisboa, entre outras observações, que irei desenvolver nos próximos dias, até mesmo no Domingo:
http://signos.blogspot.pt/search/label/autarquias%202013
irei desenvolver os motios porque aconcelho o voto branco ou nulo em Lisboa e mesmo a abstenção activa, que não julgo ser contra a cidadania e o empenho cívico, como alguns iluminados rotulam.
Quando o sistema eleitoral não permite a organização de alternativas o não voto é uma resposta, e também não me venham com a estória que a democracia bla, bla, bla.
A democracia é cada vez menos um sistema eleitoral moribundo e mais a capacidade de expressão e alteração das opções de poder que podemos  equacionar fora do mero sistema de voto na urna.
Infelizmente, também.
Nota, a foto de um contemporâneo dos dinossáurios :


Quando é que posso ajudar a escolher quem gira Lisboa? Será nas 'europeias', nas 'legislativas' ou nas 'presidenciais'?!


terça-feira, setembro 24, 2013

Estou por aqui:
http://signos.blogspot.pt/search/label/Autarquias
e ver a enorme miséria que é esta campanha autárquica, que graças,dai graças, não tem televisão para ainda a tornar mais ridícula.
Em cada local as misérias e factos vão-se repetindo, estamos nas mãos desta gente, e propostas e projectos exequíveis e alicerçados no território e numa ideia de estrutaração da coisa pública parece não interessar a quem nos pede os votos.
Barulho, paisagens devassadas por cartazes (alguns até em infracção do código da estrada!) abundam, com tudo o resto que sabemos.
Estou a meio da leitura de um livro que recomendo, para perceber a gestão urbana e os vicios desta e nesta... aqui o deixo,, que ao menos me alegra o espírito.
No sábado, a não ser antes darei uma opinião...

Apontamentos do caos

Av. de Roma
23 Set 13 - 11h54m
Bem pôde o motorista deste autocarro buzinar contra os que dificultavam o seu trabalho - o condutor do carro escuro devia andar às compras, e o da carrinha estava ocupadíssimo a "Sentir Lisboa"!

segunda-feira, setembro 23, 2013

Era uma vez um museu chamado de Arte Popular


Há muito, muito tempo houve em Belém a «Exposição do Mundo Português», que por entre discursos e desfiles, mastros e bandeiras, fontes e lagos, teve seis pavilhões dedicados à «Vida Popular», concebidos pelos arquitectos Veloso Reis Carmelo e João Simões e decorados por artistas como Carlos Botelho, Estrela Faria e Eduardo Anahory, alavancando (como agora se diz) aquilo fora ensaiado alguns anos antes em Genebra na Exposição de Arte Popular Portuguesa. A partir daí, os visionários António Ferro (SNP/SNI) e Duarte Pacheco (Obras Públicas) haveriam de conseguir que daqueles pavilhões provisórios nascesse um Museu de Arte Popular: em 1941 foi lançado um concurso público no âmbito do Plano de Obras da Praça do Império e da marginal de Belém, que compreendia a «adaptação e modificação dos Pavilhões da Secção Etnográfica Metropolitana a Museu de Arte Popular». Em 1944, a decoração interior seria entregue a Jorge Segurado. Em 1948, eis o Museu de Arte Popular, vulgo MAP!

O MAP, fisicamente falando, resultou da junção de vários paralelepípedos, assimétricos, provisórios, feitos de uma alvenaria mista que lhe dá um ar vernacular, naïf, mas que se enquadra perfeitamente naquele palco cénico da magnífica esplanada sobre o Tejo, que vai do Padrão ao «Espelho de Água» (outro edifício efémero de 1940), e, mais recentemente, ao luso-nipónico Jardim das Cerejeiras. Uma arquitectura modernista, extremamente funcional, com espaços preocupados com o futuro programa expositivo. As colecções cobriam todas as regiões do país e ocupavam cada uma das suas cinco salas, decoradas a preceito por alguns dos mais famosos artistas à época.

Mas nada disso serviu de muito nas últimas décadas, dadas as múltiplas tentativas de extinção por que passou o MAP, quiçá por força de um (in)compreensível mas celerado revisionismo histórico, ou porque a um país supostamente desenvolvido não se lhe possa ‘perdoar’ qualquer memória rural, serôdia, pacóvia.

Assim, nos últimos 20 anos andaram aos engulhos para o classificarem (merecidamente) Monumento de Interesse Público – o processo abriu em 1991 e encerrou em 2012 -, quiseram demoli-lo para construírem algo mais ‘moderno’, tentaram cobri-lo por um cubo de vidro e recheá-lo de imagens virtuais, tapando as reais (réplica do Museu do Língua do ‘país irmão’). E não fora o movimento de cidadania de 2009 pela sua manutenção e a esta hora não havia nem edifício nem classificação, apenas peças açambarcadas por terceiros. Chegados aqui, chego ao essencial, que importa alguém esclareça:

1. A que propósito, quando acabaram as obras co-financiadas por Bruxelas (no pressuposto de o serem para o Museu) e o MAP voltou a ter directora, o espólio do MAP continuou sob custódia do Museu de Etnologia (coisa diferente de Arte Popular)?
2. Quem impede o regresso do espólio ao MAP e a sua musealização in situ? Como é possível que tantos anos depois de uma luta pela afirmação da Arte Popular como autónoma da Etnologia o destino daquela sejam as reservas (vulgo, catacumbas) desta última, a modos que em ‘despojo de guerra’ entre antropólogos?
3. A que propósito se quer agora novamente extinguir o MAP, anunciando-se que vai ser transformado em algo a concessionar em ‘projeto’ a sujeitar a ‘concurso de ideias’? Que ‘petróleo’ haverá nas profundezas do MAP?
4. Então, depois do país ter usado as verbas da UE na sua recuperação, depois da guerra ganha ao tal ‘Museu do Mar da Língua’, depois do MAP estar classificado de Interesse Público, depois de se ter prometido publicamente a sua reinstalação; agora que já se percebeu que o ‘regional’ está na berra e é uma mais-valia em todos os sentidos (vide os êxitos de Joana Vasconcelos, as lojas revivalistas de artigos portugueses de antanho, etc.), mais a mais naquele local magnífico (e o Espelho de Água por repensar), é agora que se pretende acabar de vez com o MAP?

O MAP é um museu, compreende um edifício (classificado e concebido para museu) e um espólio (anexado por terceiros), pelo que tudo quanto não for feito para o mantermos enquanto tal, reinstalando-o e programando-o de forma a dá-lo a conhecer cada vez mais, será um atentado ao património e um apagar da memória colectiva, para já não dizer uma falta de vergonha imensa.


In Público (22.9.2013)

sábado, setembro 21, 2013

Demagogia, cara.

Em relação a ela bem nos avisa no seu artigo de hoje no Público Vasco Pulido Valente:
"
Sem limites
VASCO PULIDO VALENTE sábado, 21 Setembro 2013, às 00h00
Não se sabe por onde o sr. Fernando Seara andou desde 2010. Na China? Em lugares ainda mais proibitivos, sem nenhuma comunicação com o mundo exterior? Na lua? Ou simplesmente mergulhado nas profundas trevas da sua inconsciência? E é ele, como pretende, um ex-comentador de futebol e um antigo presidente da Câmara de Sintra? A sua verdadeira identidade intriga toda a gente. Seja como for, o sr. Seara não tem com certeza vivido em Portugal e, por isso, caiu do céu num estado de inocência e de ignorância que deixou Lisboa de boca aberta. Um destes dias, saí de casa e, olhando para os cartazes da criatura, julguei que se tratava da provocação de um milionário louco, como nos filmes de 1930. Mas, pouco a pouco, acabei por me convencer de que a coisa era a sério.
"
aqui o aperitivo.
O candidato dinossaúrio desde logo não me merece a mínima. E este artigo é esmagador, em relação ao título.
Irei fazer uma apreciação sobre a campanha e, também, os outros candidatos (os que existem!) em próxima posta, assim tenha rede no fim do mundo.
Mas já de partida não quero deixar de dar o meu maior aplauso, hoje, a V.P.V.



quinta-feira, setembro 19, 2013

Conheço e estimo todos os protagonistas deste livro.
Esta minha declaração de parcialidade não me diminue  na recomendação desta edição, mais esta edição da Colibri, também minha editora, e saudar o Fernando  Mão de Ferro por nos trazer mais este livro, que será muito bem apresentado, pelo António Valdemar (quem melhor?).
Para os autores a minha amistosa "Batalha" e um cafuné..

Vou estar fora a partir de amanhã, embora eventualmente com acesso informático.
Dia 28, infringindo não a lei que sobre tal é omissa mas a interpretação dessa da douta C.N.E. aqui direi da minha justiça em relação ao voto, nos locais onde tenho empenhos.

Direi em quem votaria se votasse... sendo que considero tão legitimo e cidadão aquele que não vota, seja por discordar do sistema eleitoral seja por não encontrar candidatos decentes ( no meu blog pessoal coloquei uma posta sobre a decência ...) como os que o fazem em alguém ou deixam o boletim como o encontraram.
Sempre estive pronto para desobedecer a leis injustas ou ás suas interpretações.
Hoje é dia de saída d' O Instalador.

Aqui reproduzo a penúltima prova da prosa autárquica (podem fazer o download e aumentar para melhor leitura), que ainda não recebi o dito, e julgo que só o terei após dia 29.
Neste as razões e os absurdos...

terça-feira, setembro 17, 2013

Sugestão para uma acção de protesto contra o estacionamento selvagem

A foto, tirada na Av. João XXI (na paragem da Carris existente junto ao N.º 21), mostra uma realidade que toda a gente conhece: neste simpático cantinho (bem perto da casa onde mora alguém com grandes responsabilidades no estacionamento selvagem em Lisboa), pode deixar-se o carro impunemente - quantos deles foram ali bloqueados, rebocados, ou apenas multados nos últimos 6 anos? 
Pois bem; que tal se, entre as 15 e as 16h do próximo dia 28 (véspera das eleições autárquicas), umas dezenas de condutores convergissem para esse local - como se quisessem, também, ali estacionar? Não haveria qualquer perigo de infracção pois, pura e simplesmente... não haveria lugares vagos! No entanto, a acção, se devidamente publicitada (*), chamaria a atenção pública para esse escândalo - dado que, numa altura de crise, os transportes públicos deveriam ser acarinhados, e não tratados como nós sabemos que o são.
-
(*) - Divulguei esta sugestão no blogue Passeio Livre, no Facebook e ainda junto dos jornais Correio da Manhã e Jornal de Notícias.

segunda-feira, setembro 16, 2013

De Lisboa à Batalha é um pulinho (para quando e quem fala nelas... agregação de municípios para criar estruturas capazes de dialogar com os financiamentos europeus numa base racional e não de pedintes estapafúrdios... e estruturar sistemas de gestão e transportes eficazes?)
E D. Quixote é um dos meus livros de cabeceira ( e ajuda contra o refluxo...). Infelizmente vivemos num mundo de ficção (recordai-vos do Pança a gerir a ilha!) que parece cada vez mais a ficção do mundo de Cervantes.
Embora tente não olhar a paisagem devastada,,, que é a única coisa que os vendedores da banha da cobra sabem ocupar, ideias nicles ou quase nicles... vou lendo aqui e ali e vendo os jornais.
Os custos das campanhas já ultrapassaram em muitos casos os tectos... só em... paineis... e pindericalhos... (e sem contar com os remédios da velhinha).
Talvez uma boa peça, no quadro de uma efeméride ajude...
O Panza ou Pança para quem não leu (leia, leia) sem saber ler nem escrever, com os artíficios referidos em posta anterior foi eleito regedor da ilha...
Como de lá saíu... leia,leia...

domingo, setembro 15, 2013

Leio, sem surpresa, que a maior parte das verbas da campanha eleitoral são para encher o país e a nossa cidade de monos, cheios de frases ridículas, com fotos aberrantes, que destróiem o espírito dos sítios, desfeiam a paisagem urbana e pelo país todo rural, nos locais mais inacreditáveis (alguns até podendo provocar acidentes rodoviários).
Pois a parte de leão das campanhas é para os cartazes e painéis infectos que pululam e ninguém será responsável por os retirar passada a mesma.
A outra suponho que será para as canetas, os sacos e aventais e isqueiros e balões para as crianças e outras compras de igual jaez (houve tempos em que electro-domésticos entravam na dita ou um dinheiro para os miúdos e -não esqueças de dizer aos teus pais- , hoje paga-se à descarada a renda e os remédios...)
E em relação ao resto, que programas, projectos, informações sobre o que de essencial preocupa a coisa pública,,, nada, nada, nada, ou quase nada.
Mas...

" ser escoltado diariamente por um séquito numeroso(de beijoqueiros) dar-vos-á uma excelente reputação e um grande prestígio" entre parentese meu.
" a vossa campanha seja repleta de fausto(...) para que exiba uma grandeza majestosa e uma dignidade incomparável. E cobri de ignomínia os vossos adversários"
...
são velhos príncipios de campanha que já Quinto Cícero aconselhava ao seu irmão Marco.
Estou a ir, novamente para retiro, para evitar ataques biliares com a infâmia e podridão que alastra pela maior parte das campanhas.
Poucas, muito poucas se aproveitam, não que não haja muita gente decente por aí, mas quem leva o bastão e tem a cenoura...
" se incitarmos sobremaneira o zelo dos nossos partidários, se atribuirmos uma função precisa a cada um dos cidadãos ( e assesores) influentes que nos são dedicados, se mantivermos os nossos adversários receosos perante a ameaça"
pois, nem mais.
E discussão sobre a reforma do sistema autárquico, sobre a funcionalização administrativa das freguesias e uma outra estrutura do poder municipal, isso, isso vade retro ...

sábado, setembro 14, 2013

Recebo esta informação, que recomendo:
http://lisboalxpoesia.wordpress.com/about/
a poesia, a poesia passa sempre, como a água...
aqui do Tejo, já depois do transvase e também passado Almaraz, sabe-se lá em que condições, poéticas.
Mas é o rio da minha aldeia, como a poesia.


quinta-feira, setembro 12, 2013

segunda-feira, setembro 09, 2013

Não tenho televisão, e acho que esta fotografia mostra os operadores de câmara a filmar o que hoje é objecto de notícia da mesma, as latrinas e o espectáculo destas, nestas.
Sendo latrina um conceito que cobre a vacuidade dos oficiantes nesta (TV) e desde logo os donos do microfone nessa. Arrogantes, mal-educados, e prepotentes. E muitas vezes de uma falta de cultura confrangedora, uns autênticos imbecis.
a notícia é esta:
http://www.publico.pt/politica/noticia/televisoes-nao-farao-cobertura-da-campanha-eleitoral-autarquica-1605334
e já fazia falta uma notícia boa.
As televisões andarem atrás dos beijoqueiros (e até conseguiram matar um homem notável, Sousa Franco, ao acompanharem uma peixeirada ignobil), ou em busca do sound-byte ou do deslize achincalhante, já há muito deviam ter passado à história.
As rádios locais e os jornais locais são os instrumentos adequados para uma campanha local.
Deixem a televisão em paz...
e boas leituras!

Dois eventos, que infelizmente irão ser torpeadeados por beijoqueiros profissionais e distribuidores de lixo couché.
Qualquer deles merece referência e visita.
e
hoje já fui atropelado por um bando, que à viva força me queriam obrigar a ficar com uns envelopes e uns pindericalhos, em Lisboa e arredores.
E de regresso de Espanha vejo o país inundado de cartazes que não dizem nada e só contribuem para a poluição da paisagem.
Tenho aconcelhado ao não voto, ou voto nulo/branco militante, salvo quando contra os dinossaurios, e no caso de haver um candidato de facto muito bom, que ainda os há, por aqui, por ali e acolá.
Mas o sentir que se está a dar um voto que seja a esta escumalha faz doer o coração!
Todos iguais, todos iguais, podia ser o slogan deles todos.
Não há propostas senão folclore, não há projectos senão ambição pessoal, não há equipas senão assessores e arrivistas.
Mas temos cerca de 600.000 candidatos, e ainda agora me cruzei com um candidato a uma inútil Assembleia que me disse que ele e mais uns tantos iam meter uns dias de licença, oficial autorizada e paga pelos meus impostos, para andar nas equipas de beijoqueiros e mamar uns almoços...
E não me venham com a conversa de lá está o populista...
Pois populistas é esta corja que aliena a política em nome da palhaçada, com bombos e tudo, em vez de discutir política e defender uma lógica de gestão rigorosa e transparente, contra os poderes que de facto dominam as autarquias e os partidos.
Os lobbies de interesses da construção e do sistema financeiro atrás dela, os caciques partidários e os que os sustentam, que não são os militantes, nem nada (até o PCP continua a contar com militantes que há anos, anos não pagam as quotas...).
Reformar o sistema já não passa por aqui.
Mas por iniciativas como as que aqui informo, que podem criar um espaço para pensar e agir, conta ventos e marés, que não convenham.


Também tem que ver com Lisboa, ou não fosse o Tejo o rio da minha aldeia:
http://signos.blogspot.pt/search/label/Almaraz
em 5 ou 6 postas conto o evento que ontem levou centenas, e alguns portugueses a Almaraz e Navamoral de la Mata.
Onde não deixei de verificar que bandidos a dar cabo do património, os há por todo o lado.
Vejam a torre de betão que colocarem a encimar a igreja....
no comments!

Um excelente artigo de Elvira Lindo, no El Pais:
http://elpais.com/elpais/2013/09/06/opinion/1378469611_179103.html
que parece dedicado às nossas autárquicas...
ou aqui, no agucero...
os bombos (e também os bonobos!), os beijoqueiros, os sacos e canetas, a pafernália toda e os cartazes a inundarem, em infracção da lei a maioria das vezes, a paisagem, a bolsa, a bolsa fora da boca mesmo... enfim o rancio, o rancio como nos diz esse artigo...

sexta-feira, setembro 06, 2013

Os Loteamentos dos ex-Hospitais Civis de Lisboa


Há muito que se adivinhava a intenção, mas desta à prática ainda demorou um punhado de anos e outro tanto de esperança de que tudo fosse mentira. Anos que mediaram o tempo presente e o Ministério da Saúde do XVII Governo Constitucional (2005/2008), que por protocolo (escrutinado?) noutro triunvirato que não o de agora acordou dar corpo à alteração profunda a médio prazo dos usos, volumetrias e utentes dos antigos Hospitais Civis de Lisboa, começando pela chamada ‘Colina da Saúde’ (São José, Desterro, São Lázaro, Capuchos, Santa Marta e Miguel Bombarda). Na mira, evidentemente, de uns quantos negócios de construção civil e no rescaldo do tal novel Hospital de Todos-os-Santos; remédio providencial para todos os males dos hospitais hoje decrépitos (dizem) ou sob gestão caótica (idem), como se não soubéssemos da imensa falácia que tal argumento encerra do ponto de vista da qualidade do serviço prestado e a prestar (especialidades, número de camas, etc.), em termos de acessibilidades e, obviamente, para a Cidade. Foi um ápice.

Rapidamente, Estado (Governo), ESTAMO (empresa pública) e CML, i.e., Estado, formalizaram o ‘objectivo estratégico’ de desmantelamento dos hospitais da colina histórica, primeiro, Curry Cabral, Alfredo da Costa e Estefânia, depois. O Estado cedeu (por venda) à ESTAMO quase todos e quase todos passaram a pagar renda (‘compensação’) à ESTAMO, chama-se a isto: engenharia financeira. A partir daí o mote é deitar abaixo o mais que se possa para se construir o mais possível e vender ainda mais. O PDM ajuda à festa e os loteamentos viram ‘apólice’. Que se danem as volumetrias baixas e razoáveis, os solos permeáveis, o património edificado e protegido por ‘letra morta’. Que se danem as centenas de anos de História Hospitalar e de Cuidados de Saúde que a transformação radical daqueles hospitais irá implicar, mais apelo menos apelo; calado este, silenciado aqueloutro. Que se dane se ali pulsava Cidade.

Há casos escandalosos neste faz-de-conta geral, uns mais (Alfredo da Costa, Curry Cabral) do que outros (Estefânia, Santa Marta), mas o que querem fazer do antigo Hospital Miguel Bombarda, ignorando a memória e o local, raia a loucura: construírem-se 6 torres de 8-10 pisos acima do solo e mais 3 abaixo, dando como argumento que assim o morro de Rilhafoles será a San Gimignano alfacinha, um ‘miradouro habitado’ (arquitecto dixit) é de bradar aos céus e invocar a fúria divina e o internamento compulsivo e irrevogável no Panóptico. Não há ninguém que pare esta pouca vergonha?


In AtuaLis (6.9.2013)

Complexo do Hospital Miguel Bombarda, o muito que há por classificar, ou a resposta devida ao sr. Dr. Sarmento de Matos:




Deve ser do tempo, como já dizia a minha avó, o tempo...
Está tudo a ficar louco..,
Aqui:http://signos.blogspot.pt/search/label/autarquias%202013
sobre a insanidade política de ontem.
Hoje recomendo (uma das razões para tirar a maioria absoluta a quem a tem, o que com a entrada acima ainda vai ser mais difícil!)
pois sabemos dos interesses especulativos e urbanísticos da treta que se encontram na tal maioria absoluta, em relação a esta carninha vazia...,
por isso recomendo fortemente o excelente artigo de opinião (não encontro online) de Vítor Albuquerque Freire, de hoje no Público:
" Hospital Miguel Bombarda: um extraordinário conjunto que não pode ser amputado".
Subscrevo-o a 100, 100 %.
Saber o que os candidatos pensam disto é um dos fundamentos da decisão.


quinta-feira, setembro 05, 2013

Paroles, paroles, paroles...
leva-as o vento...
Sou convidado, ou melhor uma assessora, não sei se a futura vereadora, convida-me em nome do meu estimado  Fernando Nunes da Silva ( que foi saneado para um lugar inútil na despicienda Assembleia Municipal, mas a seu tempo falaremos disso,,,), para um interessante debate:

MESA REDONDA “ENCONTRO SOBRE A QUALIDADE DO AR - ZONAS DE EMISSÕES REDUZIDAS (ZER) ”
PROGRAMA
11 de Setembro de 2013 ( Quarta feira ) / Sala do Rei, Estação ferroviária do Rossio
Horas
Título da comunicação
Orador
Entidade
14h
Recepção dos convidados


14h 30 m
“A  ZER em Lisboa- Implementação e faseamento “
Abertura pelo Vereador Fernando Nunes da Silva
CML
14h 45m
“Estado de arte – ZER na Europa”
Ms. Lucy Sadler
Sadler Consultants, Londres
15h
“ Diretiva Europeia da Qualidade do Ar sua aplicação e consequências jurídicas” - 
Drª Filipa Marques
Representante da Agência Portuguesa de Ambiente (APA)
15h 15m
“A Rede da Qualidade do Ar na Região de Lisboa”
 Engº Damas Antunes
Vice - presidente da Comissão de Coordenação da Região de Lisboa e Vale do Tejo (CCRLVT)
15h 30m
 “Resultados de implementação da ZER em Lisboa “
Prof. Francisco Ferreira
Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa (FCT-UNL)
15h 45m
Coffee-break
16h
“Homologação retrofit e catalisadores”
Dr. João Carvalho
Presidente Instituto da Mobilidade e Transportes (IMT) 
16h 15m
Debate “Melhor ambiente urbano, melhor saúde pública e qualidade de vida na cidade!”
Moderadora: Arqtª Branca Neves
CML
17h15m
Conclusões e encerramento
Vereador Fernando Nunes da Silva
CML

e, embora saude a iniciativa, lamento a ausência de Ongs ou representantes de movimentos de cidadania ( o F.F. participa com o chapéu de académico!).
Julgo que é um convite feito a esmo, que o período induz a isso.
Não poderei participar, dado que continuo por aí ( nesse dia nas festas e actividades socio-culturais da Moita!) e porque iria ser i"nconveniente", no quadro das regras de cidadania!.
Falaremos (novamente,,,) noutra ocasião.

quarta-feira, setembro 04, 2013

Nos arquivos das reuniões do executivo da C.M.L. está (1986 se não estou em erro) uma resolução aprovada contra a nuclear e solicitando o encerramento de Almaraz.
Neste mandato tive ocasião de voltar a referir os riscos desta central, velha muito velha, e com problemas constantes no seu sistema de refrigeração, e o processo ( debalde) de fiscalização das águas do Tejo à entrada de Portugal .
Uma técnica do I.T.N. vai (se calhar deixou de ir com as restrições orçamentais!) de balde recolher água uma vez por mês...
Numa altura em que passou despercebido ás organizações ecologistas este inacreditável relatório:
que posso enviar a quem interessado, onde se referem os riscos do reactorzeco de Sacavém e se despreza, completamente nem merecendo uma linha, a central de Almaraz que integra no seu plano de evacuação zonas do território nacional!
Bom continuo por aí, e estarei em Almaraz, no evento anual, para exigir o encerramento desta!