segunda-feira, outubro 29, 2012

Apontamentos do caos

Um vizinho meu, vaidoso da sua nova "vespa", estaciona-a assim (desprezando o parque gratuito), para que todos a vejam e, se possível, tropecem nela... Como não lhe sucede nada, outros seguem-lhe o exemplo, com carros e motos. 
A 2ª e 3ª fotos mostram um dos cegos que se têm de desviar para passar por ali.
NOTA: as fotos foram tiradas em dias diferentes, sendo a de baixo a mais recente de todas. Repare-se como o condutor desviou a "vespa", passando a colocá-la onde mais possa estorvar. 
Quanto ao carro que se vê na imagem do meio, esteve assim durante várias horas, sem ser incomodado. O que mais espanta não é a inacção de quem é pago para que isto não suceda, mas sim a naturalidade com que as pessoas que por ali passam encaram estas situações.

sábado, outubro 27, 2012

Esta cidade não é para eles

Rua Luís Augusto Palmeirim
Praça de Alvalade
Praça de Londres
 Av. Fontes Pereira de Melo
 Rua Carlos Mardel
NA FOTO de cima, vêem-se dois cegos - o senhor acaba de tropeçar na boca-de-incêndio.
Passemos à frente das três fotos seguintes, e repare-se na última, onde se vê que a boca-de-incêndio (essa, sim) tem uma protecção - mas é para os carros, não para os peões. Ou estarei a ser injusto em relação a quem trata destas pequenas coisas?

quinta-feira, outubro 25, 2012

A melhor forma de combater os pinta-paredes

Lisboa, Av. de Paris
(No início do mês e ontem)
Recentemente, mostrou-se [aqui] a foto de cima, por contraponto com uma outra, tirada ali ao lado a uma esquina semelhante, essa outra devidamente limpa.
Pois bem;  é com prazer que hoje se assinala que o mesmo esforço de limpeza se estendeu ao lado Norte da avenida. É esse, até ver, o método mais eficiente (embora caro e trabalhoso) de afastar os artistas do gatafunho, cuja maior (ou única?) ambição é verem a sua arte exposta ao público.

quarta-feira, outubro 24, 2012

Apontamentos de Lisboa

QUANDO a monumental Alameda D. Afonso Henriques foi concebida, a ideia era ter, no topo nascente, a imponente Fonte Luminosa e, no oposto, o Instituto Superior Técnico.
A sabedoria lisboeta encarregou-se de, no primeiro caso, meter por trás dois prédios e, no segundo, afinfar-lhe com um par de cubos pretos, de construção ilegal, que João Soares tentou (sem êxito, evidentemente ) embargar.
As duas imagens de baixo, além de completarem o cenário, dão uma achega para a resolução do problema em termos político-estéticos.

Como, em Lisboa, os transportes públicos são acarinhados (cont.)

23 Out 12 - 16h25m
O que aqui se vê é uma cena de todos os dias na Rua Carlos Mardel: os inúmeros carros estacionados em 2ª fila obrigam os outros que vão no mesmo sentido a entrar na faixa BUS... e os autocarros que esperem, claro.

terça-feira, outubro 23, 2012

Como, em Lisboa, os transportes públicos são acarinhados

Imagens de hoje (paragens da Carris na Av João XXI e Av. de Roma), embora sejam de todos os dias.
A notícia de cima dá-nos conta de como os nossos gestores-da-treta se propõem resolver o problema da falta de eficiência - p. ex. - da Carris.

segunda-feira, outubro 22, 2012

Notícias do caos

A foto de cima, tirada no passado dia 2, às  17h28m (e a dois passos da Assembleia Municipal de Lisboa!!) mostra bem como, nesta cidade, se respeitam os direitos dos deficientes.
As duas outras, tiradas esta manhã no mesmo local, acrescentam uma nota curiosa: trabalhadores reparam a calçada, auxiliados por uma camioneta que se encarrega de lhes garantir o posto de trabalho...

segunda-feira, outubro 15, 2012

Os graffitis

Acabo de chegar de férias, um facto que me leva sempre a olhar Lisboa com uma atenção invulgar. É então que noto ter nascido numa das mais belas cidades da Europa. Por viver no centro histórico, sou, reconheço-o, uma privilegiada. É-me fácil esquecer a outra Lisboa, a dos bairros periféricos, dos quarteirões de armazéns abandonados e dos transportes públicos danificados.

Há tempos, apareceu no jornal Público um artigo, assinado por João Teixeira Lopes e José Soeiro, em que se afirmava ser intolerável a punição dos adolescentes que enchem a cidade de monstruosidades pintadas a spray na base de que o poder político era incapaz de «descortinar os significados que muitos jovens atribuem ao acto». Mais grave é a posição dos desembargadores da Relação de Lisboa que consideraram que, ao encherem de graffitis algumas carruagens estacionadas numa estação do Metropolitano de Lisboa, um bando de jovens não estaria a cometer o crime de dano qualificado, uma vez que, inseridos nos tempos e nas modas da juventude, os meninos estariam «a desenvolver uma forma de arte e expressão». Pelos vistos, os srs. juízes concordam com a afirmação do jovem muçulmano eL Seed no sentido de que os graffitis são «uma forma de deixarmos a nossa marca pelo mundo».

Claro que não é só em Lisboa que existem graffitis. Por todo o mundo, gangs tentam assim marcar o seu terreno. Referindo-me apenas a cidades que visitei recentemente, bastou-me olhar os muros das docas de Barcelona ou, em Florença, as casas que rodeiam a Praça de S. Marco, para verificar a expansão do fenómeno. Curiosamente, não é em zonas burguesas que «os revoltados» gostam de exercitar o seu talento, mas nos bairros pobres, onde mais facilmente se podem esconder.

Há algumas semanas, fui de comboio a Aveiro. Quando, no regresso, o Alfa parou em Braço de Prata – uma zona miserável – a estação estava decorada com uma série de hieróglifos gigantes, ao lado de um rosto com olhos arregalados, cabelos por pentear e a boca semi-aberta. Ora, o espaço público é de todos e o privado tem donos que não gostam de ver desfiguradas as fachadas das suas casas. Sei que este tipo de jovens retira prazer de brincar ao gato e ao rato com a Polícia, mas isto não é desculpa para que, se apanhados, as autoridades os não castiguem.

Em 1974, o chefe da Polícia de New York analisou as carreiras de um grupo de graffiteiros com 15 anos. Três anos depois, quase metade - 48% - havia sido presa por crimes a sério. A pichagem constitui, como se vê, a iniciação numa carreira criminosa. Os «artistas» que, à época, foram defendidos por Norman Mailer, são delinquentes potenciais. É verdade que os próprios estão convencidos de que as suas pinturas são formas legítimas de expressão, mas isto não significa que a sociedade tenha de aceitar tal ideia. Se têm pretensões estéticas deverão ser conduzidos para uma escola de artes, onde eventualmente aprenderão o que lhes deve ser ensinado. Não basta sentir-se revoltado para se pintar como Paula Rego.

quinta-feira, outubro 11, 2012

Apontamentos de Lisboa

A1 
3 Out 12
 
A2
 B
 C
 D
Não é a primeira vez que aqui se afixam imagens semelhantes à que se vê com a referência A1, e que mostram como o português é avesso a cumprir regras, mesmo quando elas lhe são favoráveis: 
A autarquia de Lisboa gastou uma fortuna a disponibilizar, espalhados por toda a cidade, parques de estacionamento gratuito, para motociclos. Além da despesa, abdicou das receitas, na medida em que, nesses locais, estavam previstos estacionamentos da EMEL, pagos...
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Agora atente-se nas imagens  B, C e D, o que permite ver o problema por outro ângulo: tanto quanto sei, TODOS os outros parques semelhantes existentes na cidade têm o pavimento pintado de amarelo, com desenhos de motociclos, e protegidos com pilaretes (conforme se vê imagem A2, um parque a poucos metros do outro). Assim, é fácil um automobilista menos atento colocar o carro no local A1 (imagem B) - e até pagar o respectivo estacionamento! Pois... mas, ali, a EMEL não perdoa! O condutor é multado, e o carro é bloqueado e até rebocado! Se se trata de uma armadilha de chicos-espertos, não está mal pensada, não senhor!

segunda-feira, outubro 08, 2012

Apontamentos de Lisboa

Já quase não há espaço em disco para arquivar estas fotos...