sexta-feira, maio 14, 2010

Adeus a Saldanha Sanches


Apenas falámos pessoalmente uma vez, para grande pena minha. Mas do seu percurso público, e das nossas trocas de mails sobre um assunto chamado Lisboa, retenho o homem bom, lúcido, disponível, jovem e de sentido de humor.

A Avenida de Roma, Lisboa e o país, esses acabam de ficar muito mais pobres. E este blogue ainda mais.

8 comentários:

rui disse...

uma referência fundamental que desaparece. Não é justo.

Carlos Medina Ribeiro disse...

Saldanha Sanches era também 'contribuidor' do Sorumbático, onde afixava as crónicas que publicava no suplemento de Economia do Expresso.

Ver, [aqui], o que sobre ele lá escrevi hoje.

Anónimo disse...

Estranhei ter deixado de o ver há algum tempo no Frente a Frente do Jornal de Mário Crespo, onde não tinha papas na língua e era invariavelmente jovial.

Afinal, o motivo, bem triste, era a terrível doença que em poucos meses o levou.

Monchique disse...

Era Professor Universitário por valor académico; era sábio da área dos Direito Fiscal; era contundente, mas certeiro e sibilino; foi da esquerda esquerdista, mas soube compreender a mudança; nada tinha a ver comigo politicamente, mas era um gosto ouvi-lo discorrer. Portugal ficou mesmo mais pequenino.

M Isabel G disse...

Uma voz livre que nos deixa.

M Isabel G disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Carlos Medina Ribeiro disse...

No endereço que em cima refiro, e em "actualização" ao post, o Pedro Barroso acaba de colocar um curioso texto.
E chama a atenção para a ironia do Destino:

Logo agora, que precisávamos de ouvir a sua palavra lúcida acerca de impostos (novos e velhos), eis que ele nos deixa...

Maria Teresa Goulão disse...

"Vida livre, luta dura", sempre foi o lema da sua vida. Um homem sério, honesto, claro, lutador. Vai fazer nos muita falta. Cada vez temos menos homens destes em Portugal, que não andam ao sabor da maré, empurrados pelos partidos, fazendo carreira , sem escrúpulos nem vergonha.
Como disse a sua mulher, este "é um homem que morreu de olhos abertos".

Maria Teresa Goulão