terça-feira, março 17, 2009

Santana e a obra (7)


Era uma vez um parque chamado da Bela Vista que teve um parto difícil e doloroso. Foi preciso travar a especulação e a tentação imobiliárias para que este parque sobrevivesse ao 'pugresso'. Enfim, lá foi sobrevivendo apesar de esventrado duplamente por duas estradas, e alugado a retalho a um clube de golfe, em circunstâncias nunca explicadas, diga-se. Um dia, porém, alguém se lembrou de que o dar ao 'Rock-in-Rio' para possibilitar a este uma entrada na Europa. Dito e feito, a bem da projecção internacional da cidade de Lisboa, segundo se disse na altura, aquando da primeira edição do festival, já lá vão 5 anos.

A custo zero, ao contrário dos madrilenos. Sem cobrança de taxas, sem protocolo, sem nada. Veio a segunda edição e lá se esboçou um protocolo, que ninguém cumpriu, aliás. Com a terceira edição, a cidade 'descansou': vai haver uma ponte (!) patrocinada pelo promotor de espectáculos. O remate final estaria para breve: instalação do IPO na ala sul do parque. Que importa, a coisa resolveu-se e resolve-se com ampla distribuição de convites. Só que a responsabilidade pelo precedente tem um autor. É bom não esquecer.

1 comentário:

Anónimo disse...

Obra boa mesmo é a do Zé que faz fretes. Ah, carago!