sexta-feira, janeiro 02, 2009

Como é gasto o nosso dinheiro

Praça de Londres
Marquês de Pombal
JÁ HÁ ALGUNS MESES que é possível tropeçar, na Praça de Londres, num misterioso posto para «Carregamento de Veículos Eléctricos», que parece estar operacional - pelo menos a avaliar pela posição "ON" dos disjuntores e dos dois lugares de estacionamento reservados para esse efeito.
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Pois bem; passo por lá uma dúzia de vezes por semana, às horas mais variadas, e nunca tive a sorte de ver o equipamento a funcionar.
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No entanto, e até para me redimir da eventual injustiça do título deste post, ofereço um lanche na pastelaria Mexicana ao primeiro leitor que me enviar uma fotografia que mostre o referido equipamento a ser utilizado.
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NOTA-1: Existe pelo menos um outro, no Marquês de Pombal, sobre cuja utilização não me pronuncio, pois passo por lá mais raramente. Em ambos os casos, publicarei, com muito prazer, fotografias que comprovem que os equipamentos têm uma utilização diferente daquela que os cães costumam dar aos candeeiros.
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NOTA-2: Perto dali, no edifício do Ministério de Vieira da Silva, continua 'de boa saúde' o monumento à incúria, à incompetência e ao desperdício que dá pela deliciosa alcunha de Infocid - ver [aqui]. Relembro que há um prémio de €50 (nunca reclamado, pelo que está em vias de subir para €100) para o primeiro leitor que encontrar um único, e em qualquer ponto do país, que funcione...

9 comentários:

Anónimo disse...

CMR ao seu melhor estilo um abraço de bom ano de 2009.

Jam

Carlos Medina Ribeiro disse...

Caro JAM,

Então em 2009 cá estaremos, preparados para pagar estas e outras brincadeiras tecnológicas, juntamente com os ordenados dos que as pariram...

Abç

Bom Ano

T disse...

Secalhar, so' assim na base do razoavel (e primeiro que tudo) e' preciso que existam carros eléctricos suficientes para que não seja necessário montar guarda ao dito posto.
Não estou a imaginar ninguém que o faça por mais que o prémio seja bom.
Aposto que se não existissem postos destes, andariam secalhar a promover concursos ah procura de um.
Até ja' estou a imaginar o titulo, "estará lisboa preparada para o carro eléctrico?"
Srs, concordo com a maioria dos posts, mas este e' caça as bruxas.

Carlos Medina Ribeiro disse...

O requinte da proibição de paragem de carros também tem a sua piada.

Ou seja:
Só ali podem parar os carros que - até ver... - não existem. Os outros, (como o branco que se vê na foto)podem ser multados, bloqueados ou até rebocados...

É a sociedade do faz-de-conta, das aparências, do espectáculo - bem na linha da governação socrática.
Mas a malta parece que gosta...

Anónimo disse...

Gosta e Muito...........

se não gostasse não havia disto.

Ou a lógica é uma batata

Anónimo disse...

Este blogue é a prova que a malta gosta e muito.........

Anónimo disse...

Aquilo é para os carros eléctricos que o licenciado Sócrates acha que vão ser comprados aos milhões pelos tugas, atendendo aos magníficos benefícios fiscais que vão proporcionar.

Coisa de boa previsão, está-se a ver.

Carlos Medina Ribeiro disse...

Eu até não me oporia se, a título de propaganda, se colocassem uns postes a dizer qualquer coisa alusiva aos futuros (?) carros elécticos.

O caricato (para não dizer inadmissível) é haver lugares reservados, e com direito a multa, bloqueio e reboque!

Isso é que é verdadeira caça à multa - um expressão com que, em geral, embrirro, mas que aqui é 200% verdadeira.

NOTA: os já existentes 'segways', que podem precisar de carga, circulam nos passeios, não necessitando de quaisquer lugares de estacionamento.

Carlos Medina Ribeiro disse...

Caríssimos,

Embora não venha a propósito deste post, aqui fica uma informação que pode interessar a alguns de vós:

Às 17h25m de hoje, o Sorumbático faz 4 anos, o que será comemorado com a oferta de mais de uma dúzia de livros, de entre os quais saliento:

«O Cheiro da Madeira» (Galopim de Carvalho), «Bica Escaldada» (Alice Vieira), «Livro de Assentos» (Joaquim Letria), «Cantos Falados» (Pedro Barroso), «Morte na Picada» (Antunes Ferreira), «Assim Acontece... na Rádio» (Carlos Pinto Coelho), «Cão Velho Entre Flores» (Baptista-Bastos), «A Matemática das Coisas» (Nuno Crato) e «O Natal do Sinaleiro» (J. L. Saldanha Sanches) - ver [aqui]