sábado, maio 31, 2008

Roseta anuncia recandidatura em 2009 e lança "e-moções"-PUBLICO-31.05.2008


A vereadora da Câmara Municipal de Lisboa Helena Roseta, eleita pelo movimento Cidadãos por Lisboa (CPL), pretende recandidatar-se às eleições autárquicas de 2009. O anúncio foi feito anteontem à noite, em Lisboa, durante o jantar comemorativo do primeiro aniversário do movimento cívico que encabeça.Dez meses depois da actual vereação ter tomado posse, Helena Roseta acredita que "a cidade não mudou" e que "a nova liderança ainda não teve reflexos na vida das pessoas". Num editorial publicado na página do movimento na Internet, a vereadora sublinha que, para além da crise financeira que a Câmara atravessa, continuam a persistir em Lisboa os problemas de habitação, mobilidade, espaços públicos, higiene urbana, falta de vitalidade do comércio e do peso da burocracia. "É por isso que queremos continuar a lutar", sublinha Roseta.

Ainda que já tenham 2009 no horizonte, os CPL afirmam-se empenhados em continuar a trabalhar o presente e, por esse motivo, desafiam os cidadãos a lançarem "e-moções", moções electrónicas que o movimento poderá vir a transformar em propostas a apresentar à Câmara.

Através do endereço www.cidadaosporlisboa.org, os munícipes podem apresentar problemas concretos da cidade e possíveis soluções, pedidos que o grupo de Helena Roseta promete acompanhar. Disponíveis no sítio dos CPL passaram a estar também as propostas do movimento, com informação sobre o respectivo estado de aprovação. Catarina Prelhaz

(ISABEL G)

Campolide: Finanças ponderam vender templo do século XIX à irmandade local-PUBLICO-31.05.08

O Ministério das Finanças está a equacionar vender a Igreja de Santo António de Campolide, em Lisboa, que se encontra em avançado estado de degradação, a ameaçar ruína e a integridade física dos que nela se encontrem, a uma irmandade católica local. Como a extinta Direcção-Geral do Património nunca pôde custear as obras de reabilitação a que estava obrigada, avaliadas em 350 mil euros (segundo os valores orçamentados em 2004), o templo do século XIX que acolhe a paróquia de Santo António de Campolide, tem vindo a sucumbir à ruína perante o descontentamento dos fiéis e da Igreja Católica, que se vê impedida de intervir na sua recuperação por não ser proprietária do edifício. "Após diversas diligências junto das entidades com atribuições nesta área do património, foi sempre a então Direcção-Geral do Património confrontada com indisponibilidades orçamentais para fazer face ao custo das necessárias obras", justificou o gabinete do ministro das Finanças, Teixeira dos Santos. O ministério está também a proceder à regularização jurídica do imóvel de interesse público, que embora na posse do Estado desde 1910 não se encontra registado na Conservatória do Registo Predial, nem na matriz predial. "Está a ser contratado um levantamento rigoroso de áreas do imóvel, a fim de se poder promover a sua regularização", adiantou a mesma fonte do ministério. A cessação definitiva do imóvel, confiscado à Igreja aquando da implantação da República, foi pedida em Abril de 2007 pela Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e Senhor Jesus da Santa Via Sacra. Depois de ser informada que teria de pagar para que o templo voltasse para as mãos da Igreja Católica, a irmandade solicitou em Dezembro a avaliação do imóvel, um processo que o ministério confirma estar a decorrer. Catarina Prelhaz

(ISABEL G)

sexta-feira, maio 30, 2008

Santos Populares

Este é o primeiro de alguns textos dedicados aos Santos Populares que se avizinham, aos bairros e às tradições e costumes lisboetas a eles ligados

MARIA LISBOA

Não é preciso pretexto algum para ouvir sempre Amália.
Harald V, condecorado com o Grande Colar da Ordem de Santiago
HÁ DIAS, manifestei aqui e [aqui] o meu desagrado pelo colar que alguém decidiu impor à Torre de Belém. Mas parece que a ideia pegou, pois Cavaco resolveu fazer o mesmo ao rei da Noruega, como se lê no Público e se pode ver na foto.
Como parece que a conversa acabou por abordar o tema do bacalhau da Noruega, há que reconhecer que a publicidade - mesmo subliminar - ao vinho de Colares foi bem metida!

Voltemos às causas

Para onde vamos nós? Não estou a referir-me apenas às eleições no Partido Social-Democrata. São muito importantes mas – excepção feita ao que transporta uma das candidaturas – na minha opinião, a sobrevivência e intervenção do Partido, enquanto referencial democrático, estão asseguradas. Se pode existir uma surpresa? Pode. O PSD até é dado a surpresas, umas melhores do que outras (aliás, algumas das piores até o deixaram maltratado).

A verdade é que a massa crítica no PSD é tanta, está tão para além de vendedores e cobradores de promessas que vai, e perfeitamente, re-estruturar-se.

Exceptuo deste cenário a candidatura de Pedro Santana Lopes, cujo mandato no País e no executivo autárquico não deixou de se repercutir no último mandato do PSD em Lisboa: é só lembrar quantos dos casos mais ‘mediatizados’ vieram desse tempo, com as habituais desestruturações.

O ponto para mim nunca são as pessoas, mas o que representam e fazem. Aparentemente, Santana Lopes não gosta nem esquece recusas. Isso é curioso. Há quem esqueça no mesmo minuto. Não pensei, por isso, na sua ‘reserva’, até ao apelo persecutório que fez ontem. Não tem importância, mas explica. Lamento, mas nunca personalizo ou diabolizo. Ninguém que de há muito está bem de si para si o faz. Difícil de compreender? Provavelmente. Mas basta ser o que se é para além de tudo o resto. Chega muito bem.

Depois destas eleições internas é importante reconstituir estes últimos tempos. A começar em 2005. Para que haja memória. Para que não aconteça nunca mais.

Agora, num contexto de aprofundamento de uma crise mundial, é urgente que se reintroduza as causas. As boas e velhas causas.

As causas, aquelas que foram tão maltratadas durante tanto tempo, mas que são a nossa natureza (ou antinatureza, no caso de alguns). Sem isso, já não se moverá ninguém pelos bons motivos. O discurso anda pouco exigente. O pragmatismo inconsequente navega à vista.

(Re)introduzam-se as causas no discurso e sobretudo na prática política. Custa ver tanto desnorte em época de reestruturação de sistemas. São épocas em que o caminho se vê e se faz. Volte-se ao que é bem e tenha-se presente o que é mal, recuse-se esta gelatinosa aceitação da ditadura do mais ou menos.

Nenhuma crise estrutural se resolve só com pragmatismo, pois este, sem causas, nunca foi sequer capaz de adivinhar crise alguma.


Paula Teixeira da Cruz


In Correio da Manhã

Abaixo o ruído!

A Organização Mundial de Saúde considera que o limite de ruído ambiental a partir do qual começam a existir efeitos nocivos para os seres humanos é de 55 decibéis. Vários estudos demonstraram recentemente que metade dos portugueses está exposta a estes níveis de barulho, sendo o trânsito a sua principal fonte, mas não é deste factor que desejo falar mas do tipo de ruído que nos cerca sem que lhe prestemos atenção. Hoje, raro é o restaurante onde, enquanto almoço, não tenha de suportar música de fundo; não há antecâmara de consultório médico, onde não seja forçada a conviver com doentes falando ao telemóvel; não há jantares com amigos que não sejam interrompidos por SMS; não há sala de espera de aeroporto –com relevo particular para as VIP – em que não ouça o bipbipbip dos mails recebidos pelos garotos que habitam estes espaços; não há elevador que não me ofereça uma musiquinha idiota; não há serviço, público ou privado, o qual, antes de me pôr em contacto com quem desejo falar, não me obrigue a escutar uma melodia; não há lanche de crianças em que não ouça os ringringring dos Nitendos. Descendo na escala social, defronto-me, nas tascas, com aparelhos de televisão eternamente ligadas, nos hipermercados com os nininini das máquinas registadores e, nos logradouros de Lisboa, com os cães que passam o dia e a noite a ladrar.


Se exceptuar a sala de leitura da Biblioteca Nacional – e mesmo esta, devido à rota dos aviões, sabe Deus! – o meu quotidiano foi invadido por uma multiplicidade de ruídos. Isto chegou a um ponto tal que, há dias, indaguei da possibilidade de ingressar na Cartuxa onde, como se sabe, o silêncio é de regra. Ao tomarem conhecimento desta decisão, alguns amigos preveniram-me de que a Ordem exigia uma condição, a obediência, que se não coadunava com o meu carácter. Sinceramente, não sei o que fazer para manter a sanidade mental. Se pudesse, comprava uma ilha na Escócia, o que mostra até que ponto o silêncio se tornou num privilégio dos muito, muito ricos.


Maria Filomena Mónica


In Meia-Hora

De taxi por Lisboa

Rua dos Anjos:
Carros em 2ª,3ªfila, ou seja, o paraíso dos piscas.
Trânsito parado inúmeras vezes.
- "É sempre assim. Todos os dias isto": estava dado o mote para uma esclarecedora e longa conversa.
Polícia na proximidade.

Avenida da Igreja:
Carros em 2ª,3ªfila, ou seja, outro paraíso dos piscas.
Paragens de autocarro completamente ignoradas pelos automobilistas.
- "Uma desgraça. Todos os dias isto". Mais queixas, exclamações e interrogações.
Polícia nas proximidades

- Largo de S. Pedro de Alcântara
Carros em 2ª, 3ªfila, curvas, paragens de autocarros (bem identificadas, com sinalização adequada) e grandes hipóteses de virem a ser usadas as copas das árvores.
Polícia nas proximidades
Sem comentários. Isto também cansa.
(Isabel G)

terça-feira, maio 27, 2008

Atenção, vem aí o «Monstro do Rato»!




Em breve, muito em breve, o monstro vai a reunião de CML. Procura-se raticida ou exterminador. Por favor, pede-se à CML, por todos os santinhos e mais alguns, que chumbe definitivamente este projecto. A bem do equilíbrio urbanístico, a bem da estética e da escala do Largo do Rato. A ver.

Câmara de Lisboa quer metro em Alcântara

O Metro é uma "questão central" que deve ser equacionada no futuro plano de urbanização de Alcântara. Quem defende isso é Manuel Salgado, vereador do Urbanismo da Câmara de Lisboa, que ontem ouviu as sugestões e as queixas dos moradores desta freguesia e apresentou alguns dos objectivos para a reconversão daquela zona da cidade. (...)
Encontrar alternativas que resolvam o problema da exposição ao ruído proveniente das infra-estruturas rodoviárias e ferroviárias e promover a criação de um interface que articule os comboios proveniente da Linha de Cascais e do Sul (estações de Alcântara-Rio, Alcântara-Terra e estação projectada do Alvito) com os restantes meios de transporte colectivo são outros dos objectivos que deverão fazer parte do plano de urbanização de Alcântara, que será elaborado por uma equipa da Rede Ferroviária Nacional (Refer).
Segundo o autarca, o novo plano de urbanização deve ainda estabelecer uma rede de percursos para bicicleta e peões que se articule com a frente ribeirinha, com a estrutura ecológica urbana e com a rede de equipamentos e o sistema de transportes públicos.
Manuel Salgado lembra que o novo plano terá uma área de intervenção que ronda os 174 hectares, incluindo o Bairro do Alvito e a zona antiga de Alcântara (freguesias de Alcântara e Prazeres). O anteprojecto, contudo, só estará concluído em Março de 2009, altura em que será sujeito a discussão pública.
"A elaboração do plano de urbanização de Alcântara é um processo longo que ainda está no início e que só terminará no final do próximo ano com a sua aprovação na câmara e na assembleia municipal", explicou José Godinho, presidente da Junta de Freguesia de Alcântara.
(ISABEL G)

Grupo de Os Verdes exige explicações sobre a CRIL

Grupo de Os Verdes exige explicações sobre a CRIL-PUBLICO -27.05.2008
O grupo parlamentar do Partido Ecologista Os Verdes quer saber se o Governo pretende mesmo avançar com a construção do último troço da Circular Regional Interna de Lisboa (CRIL), entre a Buraca e a Pontinha, em moldes que violam a declaração de impacte ambiental (DIA) e as normas de segurança rodoviária.
Numa carta entregue ontem na Assembleia da República, o deputado José Gonçalves exige que o Ministério das Obras Públicas explique por que avalizou um projecto que prevê que os 120 mil veículos diários da CRIL atravessem os bairros de Santa Cruz e da Damaia (Lisboa) em canal aberto e não em túnel, conforme estipulado pela DIA. "Esta violação coloca em causa a qualidade de vida dos cidadãos, afectando a qualidade do ar, elevando os níveis de ruído e colocando uma barreira física à circulação dos moradores, para além de não permitir a requalificação e o aproveitamento desta área", adverte. José Gonçalves interpela ainda o Ministério do Ambiente a pronunciar-se sobre o incumprimento daquelas normas, uma situação já reconhecida pelo Instituto do Ambiente em carta dirigida ao representante dos moradores dos bairros afectados, Jorge Alves.
Outra das preocupações é o estudo do Observatório de Segurança de Estradas e Cidades, que conclui que o novo troço, adjudicado em Novembro, "representa um perigo concreto para a vida ou integridade física" dos futuros utilizadores ao apresentar múltiplas deficiências, entre as quais um traçado incompatível com velocidades superiores a 60 e 70 quilómetros/hora. O grupo de Os Verdes pretende saber por que motivo o Governo não optou por um desenho alternativo, nomeadamente um que se afastasse da zona residencial através da área quase despovoada da Falagueira/Venda Nova, no concelho da Amadora. C.P
(ISABEL G)

segunda-feira, maio 26, 2008

Quando a praga é permitida, nada a fazer:


Fiquem desde já a saber os interessados que, quando mais de metade das varandas estiverem marquisadas ilegalmente, o resto delas, quando forem marquisadas, estarão legais e legalizarão as outras. Tudo nos 'conformes', de modo a que, num futuro radioso venha a servir de modelo para o encerramento das varandas dos restantes pisos, de forma a conferir-lhe «uniformidade». Um mimo, os nossos legisladores. 'Hadem vir' mais marquises, portanto.

AMANHÃ: "UM DIA POR LISBOA"

Cada vez mais casas,
Cada vez menos gente
Teatro São Luiz, 27 de Maio de 2008

(mais) uma sessão cívica
"UM DIA POR LISBOA – Fazer e Não Fazer"

A sessão de dia 27 de Maio será dividida em 3 painéis, entre as 18h e as 23h. em que vão participar diversas personalidades:

18h – 19.30h - O despovoamento da cidade de Lisboa e a dispersão metropolitana

19.30h – 20.30h - Construção vs. reabilitação

21h – 22h - Imobiliário e direitos adquiridos vs. interesse público

22h – 23h - Debate institucional


Vão estar presentes entre outros:
Augusto Mateus, Manuel Graça Dias, João Cleto (Movimento Porta 65 Fechada), Luís Campos e Cunha, Leonor Coutinho, Carlos Pimenta, Isabel Guerra

Debate final

João Ferrão, Secretaria de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades

Manuel Salgado, Câmara Municipal de Lisboa

Fonseca Ferreira, CCDRLVT

Carlos Humberto, Junta Metropolitana de Lisboa (e presidente da Câmara Municipal do Barreiro)

Moderação: Luísa Schmidt e Nuno Artur Silva

Mais informações através do contacto telefónico: 213 864 554
(ISABEL G)

domingo, maio 25, 2008

E porque não aqui?

Este post vem na continuação de um outro, de ontem, do mesmo autor, onde se refere a Torre de Belém e os berlicoques de cariz hippie com que alguém achou por bem enfeitá-la.
*
MESMO AO LADO daTorre de Belém (uns 150 m a poente) existe estoutro monumento.
Porque será que não passa pela cabeça de ninguém (bem... já não garanto!) meter lá um berloque qualquer (como um colar de bóias ou de âncoras...) para lhe dar um toque de não-sei-quê?
Claro que a resposta será do género «Porque é um monumento aos mortos, e não se brinca com coisas sérias!».
Certo. Só que, para mim (e para as pessoas a quem a História - portuguesa, mas não só - ainda diz alguma coisa), a Torre de Belém (tal como os Jerónimos, o Mosteiro da Batalha e outros monumentos multi-seculares) também é uma coisa séria - que, no mínimo, devia estar ao abrigo de experiências mais ou menos vanguardistas.

O COSTUME

Acabo de chegar da Feira do Livro. Muito pouca gente. Uma noite fria e até chuvosa fez do Parque um sítio triste de stands vazios. As conversas dos livreiros são pessimistas: este ano vai ser pior que o anterior, dizem eles em conversas de circunstância. O grupo Leya destaca-se no meio da apatia visual geral. Stands modernos, pessoal com "ar de marketing" a circular de camisolas iguais, encarnadas, mas com os pavilhões também vazios. Triste, a feira. Os livros do dia, em que o desconto é maior são, regra geral, desinteressantes. Os descontos nos restantes livros não motivam carteiras empobrecidas pela situação económica. E até o S. Pedro, certamente irritado com polémicas estéreis e anacrónicas, decidiu vingar-se.

(publicado no Tomar Partido)

sábado, maio 24, 2008

Alguém sabe...?

24 de Maio 2008
ALGUÉM SABE o que significa esta palhaçada hippie (um colar de bóias...) a ornamentar a Torre de Belém?!
*
Actualização: ver o post mais recente intitulado «E porque não aqui?», onde se sugere mais um lugar para experiências visuais de igual jaez.

ABRIU!


Finalmente, abriu de cesariana a 78ª Feira do Livro de Lisboa. Está tudo aqui.

É em Lisboa....


Quantos lisboetas saberão onde é este jardim? E passam a poucos metros milhares por dia...

O Rossio e o seu acrescento




Em Fevereiro deste ano, o Paulo Ferrero colocou estas fotografias no Cidadania LX. Como referiu, "desde essa altura [10 anos (DEZ!) sobre o términus das obras no Rossio],que ninguém faz nada em relação ao erro grosseiro que o Metro se permitiu fazer em plena placa central, ao conceber a grelha do seu poço de ventilação (cuja localização é, no mínimo, curiosa) com um desnível de vários centímetros de altura.
Na altura, também, abriu-se uma pequena discussão entre a CML e o Metro, que, à boa maneira lusitana, não deu em nada pelo que ambas as partes nada fizeram para repor a dignidade ao Rossio. Há cerca de 4-5 anos o custo da operação de correcção da grelha andava em 150 mil €."
Parece que a "intervenção" veio para ficar, pois lá está o desnível transformado em banco corrido, como um acrescento bizzarro que desvirtua e fere a originalidade de um dos locais mais emblemáticos da cidade.
Imaginam um desnível semelhante a meia dúzia de passos da Fonte dos Quatro Rios na Piazza Navona ou gente a comer gelados num banco de cimento corrido ao lado da Barcaccia na Piazza di Spagna? Até o Bernini havia de dar voltas na campa!
Num país onde as leis crescem como cogumelos, não se arranja uma que obrigue, a quem de direito, a repor na Praça a sua traça original? Somos de facto muito pouco exigentes com o nosso património.
(ISABEL G)

Fotografia Arquivo Fotográfico: Praça Dom Pedro IV-Data(s):[ant. 1919]

sexta-feira, maio 23, 2008

Até na despedida

Redesenhar o Estado, baixar os impostos, instituir mecanismos de apoio às PME, são objectivos agora e só agora anunciados pelo Governo para "enfrentar" a crise que se instalou. Pena é que esses meios não estejam já a ser utilizados, pois até foram propostos por Luís Marques Mendes era a crise previsível.

Porém, ao tempo e em nome de projecto(s) pessoal(ais), as propostas do então líder do PSD começaram por ser veementemente contestadas dentro do seu próprio partido pelo actual líder, de forma metódica e organizada, com uma estratégia que passava por fazer cair Lisboa, para derrubar a liderança. O apoio dos oposicionistas internos do anterior líder a Carmona Rodrigues foi cuidadosamente preparado, partindo ao meio o eleitorado do PSD nas últimas intercalares. Foram os mesmos que incentivaram Carmona Rodrigues a ficar, depois de este ter dito a Marques Mendes que não tinha condições para manter a presidência da Câmara Municipal de Lisboa (o que fez), inviabilizando uma alternativa de governo para o Executivo. Estas actuações revelam um estilo e uma prática e não podiam conduzir a nada de positivo, pela natureza das acções e dos intervenientes. Não conduziram. Luís Filipe Menezes foi vítima apenas de si próprio (das suas contradições, do seu estilo, da sua prática). Nem na despedida deixa de (tentar) municiar o primeiro-ministro contra o PSD, ao dizer o que disse sobre Manuela Ferreira Leite. Há coerência: na entrada como na saída, a postura é a mesma.

Nesta coluna afirmei como desejável a união das candidaturas que, no meu entender, preservam o Partido Social-Democrata e lhe podem emprestar novo fôlego, ainda que por razões diversas: a de Manuela Ferreira Leite e a de Pedro Passos Coelho. Essa união representaria um reforço do PSD pelo que transportam de positivo. Ainda como referi na semana passada, não sendo possível uma união pré-eleitoral, que seja potenciada no ‘pós’, para que a alternativa ao Governo do Partido Socialista seja forte, estruturada, participada; a alternativa de um Partido que prepara e tem respostas para a questão da regulação social da globalização, aliada à escassez de água, petróleo e matérias- -primas alimentares, que são as questões essenciais do início deste século.

Se as candidaturas a que me referi não se juntarem, no próximo acto eleitoral votarei em Manuela Ferreira Leite. Revejo-me na afirmação social-democrata.


Paula Teixeira da Cruz


In Correio da Manhã

quarta-feira, maio 21, 2008

A força de um bom exemplo

PARECE que António Costa anda muito preocupado com o aumento de carros que a nova ponte pode trazer para Lisboa; e tem toda a razão, pois se nem os da Polícia Municipal nem os da CML conseguem estacionar sem ser em local de Paragem Proibida (como aqui se vê)!
*
NOTA: as fotos foram tiradas ontem, à porta da AML, enquanto decorria a reunião de gente porventura muito preocupada com o estacionamento selvagem. Quanto ao parque subterrâneo existente ali ao lado (e sempre 'às moscas'...), é coisa que não parece preocupar ninguém - excepto os desgraçados dos investidores, que -literalmente! - lá enterraram o seu dinheiro numa altura em que havia quem se preocupasse, a sério, em impedir cenas como esta.

Apresentação do Plano de Urbanização de Alcântara e do Plano de Pormenor da Baixa Pombalina

Apresentação dos Termos de Referência do Plano de Urbanização de Alcântara
26 de Maio - às 18h30 - Auditório da Junta de Freguesia de Alcântara
Rua dos Lusíadas, 13 – 1º
Tel. 213 615 200


Apresentação dos Termos de Referência do Plano de Pormenor da Baixa Pombalina
dia 29 de Maio - às 18h30 – Salão Nobre do Ministério das Finanças
Entrada pelo Átrio de Acesso ao Ministério das Finanças
Ala Oriental da Praça do Comércio
Tel. 218 846 687


Pode consultar os Termos de Referência Planos em http://ulisses.cm-lisboa.pt


Fonte: Site da CML

Junta de Freguesia de S. João de Deus e colectividade ganham novas instalações

In Lusa (via LisboaLisboa;-))

«Lisboa, 20 Mai (Lusa) - A colectividade Ramiro José e a Junta de Freguesia de São João de Deus receberam hoje as chaves do novo edifício da REFER, entregues pelo vice-presidente da autarquia de Lisboa, Marcos Perestrello e presidente da REFER Luís Pardal.

(...)

"Os governantes vão mas as obras perduram" afirmou Rui Pessanha da Silva, presidente da Junta de Freguesia de São João de Deus, congratulo-se com as novas instalações da Junta de Freguesia de São João de Deus.

(...)

Questionado acerca do atraso desta obra, que demorou oito anos a ser concluída, o presidente da REFER explicou que "tudo o que executámos foi numa zona urbana muito densa e houve dificuldades inerentes à localização e ao tipo de solução que foi considerado neste processo de compensação."

Filipe Luís Pardal admite que este atraso foi da responsabilidade da REFER e da Câmara Municipal de Lisboa, "as entidades obrigadas a concretizar o edifício e a projecção do parque de jogos".

"O parque de jogos está concluído e a única coisa que falta neste momento é uma questão contratual porque o espaço onde se encontra (o parque de jogos) é um espaço do domínio público ferroviário, apesar de as instalações terem sido já cedidas à Câmara é preciso fazer uma concessão para o espaço físico".

(...) Lusa/fim»

Esta obra será para tudo, realmente, menos motivo de celebração, seja para o que for:

1. O edifício é uma aberração e, não contente com isso, ainda «comeu» parte do lote das traseiras, o qual, aliás, está em processo de «permuta» duvidosa.

2. O 'campo de jogos' é outra aberração, e está prestes a acabar com a pacatez de uma simpática rua de Lisboa, em boa hora «esquecida» dos governantes até ao dia em que foi motivo destas construções.

3. Da obra da Refer, a cargo, dizem-me do Arq. João Paciência, seria caso para julgamento sumário em tribunal de estética, tal o atentado visual que representa. Do «arranjinho paisagístico» é melhor nem falar.

Uma V-E-R-G-O-N-H-A!

terça-feira, maio 20, 2008

PRAÇA DO CAMPO PEQUENO, esta tarde. Fotos a juntar a outras, semelhantes, aqui afixadas há duas semanas. De facto, em termos de insensibilidade e incompetência, esta gente parece ser imbatível!

Autarcas PSD e PCP unidos contra PS/BE


O programa de acções nos espaços público e verdes custa 15 milhões
Os presidentes de 41 das 53 freguesias de Lisboa, eleitos pelo PCP e pelo PSD consideram que a apresentação do programa de intervenções nos espaços públicos e espaços verdes de Lisboa, ontem feita por Sá Fernandes (BE) e António Costa (PS) foi "uma cerimónia de propaganda política". Em sinal de protesto e numa iniciativa inédita e "espontânea", os eleitos dos dois maiores partidos da oposição na Assembleia Municipal, abandonaram o Salão Nobre dos Paços do Concelho.
Enquanto o vereador do BE destacava intervenções nos espaços verdes e espaços públicos da cidade, como a recuperação da pista ciclável do Campo Grande ou o programa de intervenção do Parque Eduardo VII, ou ainda, a criação de parques urbanos como o da Quinta da Granja, os autarcas das áreas sobre as quais falava saíam em sinal de protesto.
"Fomos convocados pelo vereador Marcos Perestrello para participar numa reunião de trabalho sobre os espaços verdes e espaços públicos da cidade. Quando aqui chegámos, deparámos com um Salão Nobre cheio de funcionários dos serviços e com a comunicação social. Percebemos, afinal, que o que estava acontecer ali nada tinha que ver com a auscultação das prioridades sobre as nossas freguesias. Constatámos sim, que muito do que foi apresentado tinha sido trabalho feito pelo vereador do mandato anterior António Prôa", disse ao DN João Mesquita, autarca PSD da freguesia de São José.
Paulo Quaresma do PCP considera que o episódio foi "uma grande falta de respeito pelos presidentes de junta". Quaresma disse ainda que a maioria PS/BE "não nos pode utilizar como figuras decorativas para as suas campanhas eleitorais, pagas com os meios do município. Em show off , Costa é igual a Santana".
"Colocar um quiosque no Jardim da Luz é que é qualificação do espaço público? E os moradores de Telheiras que não têm uma zona verde junto às suas casas?", questionou.
O programa de intervenções prevê, segundo Sá Fernandes, um investimento municipal de 15 milhões de euros em "mais de 200 intervenções, entre corredores pedonais, cicláveis e miradouros recuperados. De 2008 até 2011". Para aquele responsável, "ou é desta que temos uma estrutura ecológica em Lisboa, ou então não sei quando vai ser". António Costa, disse que "os planos estão concluídos, agora só falta mesmo é fazer. E estaremos cá para ser avaliados".
(ISABEL G)

"A vingança do automobilista perante a passadeira"

A vingança do automobilista perante a passadeira - PUBLICO 20.05.2008, José Vítor Malheiros

Os condutores fingem não ver o peão que atravessa impune aquele pedaço de alcatrão

Segundo a PSP, ocorreram em Lisboa nos primeiros quatro meses deste ano 266 atropelamentos, que causaram 22 feridos graves e 267 ligeiros. Se morreu algum foi depois, no hospital, não entrou nesta estatística. O curioso nestes dados é que nada menos de 101 destes atropelamentos - 38 por cento - tiveram lugar em passadeiras.
Se a proporção de pessoas que atravessam as ruas nas passadeiras fosse de 38 por cento, isso quereria dizer que o risco de atravessar na passadeira ou fora dela é semelhante. Mas se a percentagem de pessoas que atravessa nas passadeiras for inferior a essa (como é provável), isso significará que o risco de atravessar uma rua pela passadeira é superior ao de atravessar fora dela.
Qualquer das conclusões é inaceitável (o risco de atravessar a rua na passadeira deveria ser nulo ou perto disso) mas não podem deixar de nos fazer pensar. O que levará um automobilista a atropelar mais facilmente um peão cumpridor que um peão desrespeitador?
As razões são fáceis de identificar para o olhar atento. Para o automobilista vulgaris, o peão que atravessa na passadeira é um betinho moralista e presunçoso. A primeira tentação é por isso a chicuelina castigadora, mas, quando a manobra é impossível, o carro é obrigado a estacar, engolindo o orgulho, perante o olhar vitorioso do peão sobre as riscas. E há automobilistas que não suportam esse olhar. Os automobilistas vencidos, obrigados a parar na passadeira como bois mansos, fingem que pararam porque tinham de parar de qualquer maneira e não por causa da passadeira, como Sócrates que nunca mais ninguém apanhará a fumar não por causa da lei mas porque vai deixar de fumar. Os condutores olham o horizonte ou arrumam o porta-luvas, fingem não ver o peão que atravessa impune aquele pedaço de alcatrão que se está mesmo a ver que é para carros. A repetição destas experiências não pode deixar de criar uma surda fúria assassina, às vezes inconsciente, que se traduz nos 38 por cento. Quem pensam eles que são? A maior parte destes, diga-se, são idosos, e só são atropelados nas passadeiras porque abrandam estupidamente o passo, tolhidos pelo terror, fazendo com que os rigorosos cálculos dos condutores saiam furados: o retrovisor, em vez de lhes roçar as nádegas, desfaz-lhes o sacro.
Os peões que atravessam por todo o lado merecem outra consideração, esses não são peões, são matadores, se fossem automobilistas fariam a sua quota-parte de peões, cortariam orelhas, não se escondem em burladeros e passadeiras, correm riscos, destes não precisamos de desviar o olhar, não nos acusam de nada, nós é que os poupamos (às vezes, porque faltam os restantes 72 por cento). Por estes há outro respeito.
*
Bolds meus num excelente texto do José Vitor Malheiros.
(ISABEL G)

Debate sobre a Terceira Travessia do Tejo, hoje às 15h


Hoje, dia 20, pelas 15h, em sessão extraordinária da Assembleia Municipal de Lisboa, debate subordinado ao tema ”Acessibilidades Rodoviárias e Ferroviárias à Margem Sul”.

COMPAREÇA! INTERVENHA!

segunda-feira, maio 19, 2008

Insensibilidade - IV

O habitual estacionamento para motos (?), junto ao Luanda

Insensibilidade - III

Hoje, como sempre, junto ao Santander-Totta da Av. de Roma

Insensibilidade - II

Ratoeira de passagem obrigatória
Av. de Berna, foto de hoje

Insensibilidade - I

Av. EUA, 19 de Mai 08 - 18h
HÁ UM DITADO que diz «O Diabo está nos pormenores». Mas, neste caso, o que o pormenor evidencia é uma grande insensibilidade (para não lhe chamar estupidez pura e simples) de quem instalou este placard. A face inferior (e, naturalmente, o vértice) está à altura da cara de um cidadão de estatura média.

O Sr.Vereador Sá Fernandes há-de passar, mas o Observatório fica!

O observatório mencionado em título é o Observatório do Parque da Bela Vista. E o link merece a pena.

domingo, maio 18, 2008

A GUERRA DOS PAVILHÕES

Eu bem me esforço por não ligar muito a Saramago, mas é difícil. Agora, o militante do PCP que um dia anunciou um voto em branco nas eleições, diz que haver pavilhões diferentes uns dos outros na Feira do Livro é discriminar as classes sociais. Para Saramago, é claro, era tudo igual: pavilhões, livros e pessoas. E jornalistas. Os que encontrou diferentes da cartilha do PCP ele saneou-os. Tem bom remédio: tente sanear os pavilhões de que não gosta. Eh, eh.

(publicado no Tomar Partido)

sábado, maio 17, 2008

Lisboa com 266 atropelamentos até Abril, 101 nas passadeiras

Lisboa com 266 atropelamentos até Abril, 101 nas passadeiras-PUBLICO-17.05.2008

Cerca de 40 por cento dos 266 atropelamentos de peões registados em Lisboa nos primeiros quatro meses do ano tiveram lugar em passadeiras. Dos acidentes resultaram 22 feridos graves e 267 feridos ligeiros, revelou à Lusa o subcomissário da Divisão de Trânsito da PSP de Lisboa, João Pinheiro..(E O QUE É UM "FERIDO GRAVE"?)
Segundo aquele responsável, na origem dos atropelamentos estão a falta de passadeiras e a sua não utilização pelos peões, o desrespeito e a deficiente sinalização, o excesso de velocidade dos automobilistas e a distracção dos condutores e peões. (a velocidade é apenas a quinta causa? A ORDEM É JUSTIFICADA?) Entre os grupos mais atreitos a acidentes encontram-se as pessoas idosas que atravessam as ruas e os motociclistas, perfazendo entre si 66,7 por cento das vítimas mortais registadas em 2007 em casos de atropelamento.
Entretanto, a última quinta-feira voltou a ser palco de vários despistes e atropelamentos na Grande Lisboa, Santarém e Algarve, resultando em quatro mortos e quatro feridos, dois dos quais graves, avançaram à Lusa fontes da Brigada de Trânsito da GNR e bombeiros. Na A15, em Rio Maior (Santarém), um automóvel despistou-se provocando a morte a dois dos seus ocupantes, um homem de 23 anos e uma mulher de 48 anos, e causando ferimentos ligeiros ao condutor. A sul, na EN120, em Aljezur (Faro), um homem de 48 anos foi colhido mortalmente por um veículo ligeiro. Um outro atropelamento, desta feita na Circular Regional Exterior de Lisboa, no sentido Alverca-Queluz, resultou também na morte de um peão e provocou ferimentos ligeiros ao condutor da viatura acidentada.
Um despiste na A1, em Alcanena (Santarém), feriu com gravidade dois dos ocupantes do ligeiro. Ao todo, a chuva foi co-responsável por cerca de meia centena de acidentes sem gravidade pelas ruas de Lisboa.
(Bolds meus _ ISABEL G)

sexta-feira, maio 16, 2008

Leio no Jornal da Praceta e não quero acreditar!!!

Vejo este filme e não quero acreditar.

Ou seja, o escandaloso caso do Parque de Estacionamento na Praceta José Lins do Rêgo, que devia ter sido exemplarmente investigado, está de volta!

E-S-P-A-N-T-O-S-O!

Uma vergonha, sim, Carlos Fontes, uma vergonha.

E um caso para expor na Reunião Descentralizada da CML, no dia 4 de Junho, pelas 18h30, na Casa de Tomar (junto ao Quarteto). É preciso que alguém explique!

Um polícia para cada português...

HÁ DIAS, também fiquei surpreendido quando reparei que - coisa rara! - não havia um único automóvel a ocupar a paragem de autocarros junto ao N.º 27 da Av. de Roma. Só quando cheguei perto é que vi o que é que explicava tanto civismo...

Seja muito bem-vindo, senhor guarda!

Esta manhã, junto ao Frutalmeidas
HOJE, e pela primeira vez em muitas semanas (ou meses? Ou anos?) não tive carros em cima do passeio a estorvar-me a saída de casa!
Note-se que este é um dos locais para os quais eu ofereço uma almoçarada (acrescida de um sumo no Frutalmeidas) ao primeiro leitor que me envie uma fotografia de um carro (um só!) a ser rebocado de cima deste passeio pela PSP, EMEL ou Polícia Municipal. A oferta (sem limite de preço e em local à escolha do fotógrafo) é renovada no 1.º dia de cada mês, e é válida até às eleições autárquicas de 2009.
*
Actualização (14h55m): passei pelo mesmo sítio pouco depois de tirada a foto; o senhor agente já tinha saído. Será preciso gastar bits e afixar aqui a (nova) foto do que lá se via - e se mantém no momento em que agora escrevo?

quinta-feira, maio 15, 2008

Plano de riscos de sismos para Lisboa em fase de validação-15.05.2008-PUBLICO

O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, garantiu ontem que o Plano de Emergência de Risco Sísmico da Área Metropolitana de Lisboa está concluído e será apresentado em breve.
Em declarações aos jornalistas em Lamego, Rui Pereira explicou que o plano - elaborado pela Autoridade Nacional de Protecção Civil -, está apenas "a ser validado" antes de ser apresentado, o que acontecerá "dentro em breve". O documento tem como objectivo planear a forma de actuar no socorro às populações caso ocorram sismos de elevada magnitude. (...)
(ISABEL G)

O 'Hotel dos Trindades':

A inauguração de um hotel em Albufeira fez notícia e reportagem curiosíssima na SIC. No meio de toda aquela excitação e flutes de 'Porto Bay', e elogios de parte a parte (que país este!), eis que surge o seguinte protesto contra a CML - calcule-se, por, desta vez, estar a zelar por um dos bairros resistentes de Lisboa, o Bairro Barata Salgueiro (que, aos ignorantes, convém informar que é o primeiro bairro a ser construído no pós-Avenida da Liberdade, destinado à classe média da altura e composto por quarteirões elegantes, bem desenhados e com prédios de autor; e que se encontra, apesar de tudo, ainda mais ou menos íntegro e homogénio). Reza assim:

«António Trindade, presidente do Grupo Porto Bay, responsabiliza a Câmara Municipal de Lisboa dos sucessivos atrasos no processo de licenciamento do hotel de 4-estrelas que a rede quer construir no centro da capital portuguesa e admite que já “teria desistido do hotel se estivesse noutra fase”.

O hotel está previsto para a Rua Rosa Araújo, perto da Avenida da Liberdade, mas o processo tem vindo a arrastar-se durante vários anos, levando o presidente a afirmar que “Lisboa tem sido um dossier muito difícil”.

Há “três anos e meio que estamos à espera para arrancar”, referiu, depois de sublinhar que o projecto já foi aprovado, mas o processo continua a sofrer sucessivos atrasos na Câmara Municipal


Refira-se que o projecto em causa é da autoria, ao que se sabe, do Arq. Valsassina, e terá este aspecto (fotos), na linha, aliás do 'frenesi travesti' que insistem em metamorfosear aquela que foi a avenida mais bonita do país:




Já os prédios em que os Srs. Trindade (já que o que é de pai será de filho, ou não é assim?) pretendem construir, esses estão devolutos há anos, há muitos mais que três anos, e, numa cidade decente, corrijo, numa capital decente, a edilidade e/ou o governo, teria intimado os seus proprietários a fazer obras e a reabilitá-lo.
Muito menos imagino um projecto destes em pleno boulevard nobre de Paris, Roma ou Madrid. O portugués despreza, realmente, o pouco que tem. Viva o 'pugresso'.


Calatrava vai propor duas novas avenidas tangentes à Estação do Oriente-PUBLICO-15.05.2008

O arquitecto espanhol Santiago Calatrava, que será responsável pelo projecto de ampliação e adaptação da Gare do Oriente, em Lisboa, à alta velocidade, vai propor a construção de duas novas avenidas, uma a norte e outra a sul da infra-estrutura.
"Quero construir duas avenidas, tangentes à estação. Pelo menos, é o que vou propor. A tendência nas estações modernas é, primeiro que tudo, facilitar as acessibilidades", avançou Calatrava, em entrevista à agência Lusa em Nova Iorque.
Afirmando que as obras de ampliação representam "uma oportunidade de preencher a total capacidade urbana da estação", o autor do projecto original da estação, inaugurada em 1998, diz que "é necessário torná-las [as estações] mais confortáveis, o que pode ser facilmente resolvido simplificando a orientação e aumentando a sensação de segurança. Tem de se permitir o acesso visual a tudo e que as pessoas vejam o que se passa lá fora", explicou.
Neste âmbito, Calatrava anuncia novas soluções, como "os dispositivos electrónicos que veiculam as informações e orientam os passageiros, aumentando a sua sensação de segurança, que são importantíssimos".
Apesar de defender que a Gare do Oriente precisará de poucas alterações, porque os principais conceitos já existem e funcionam, Calatrava confessa que detectou pequenas falhas e adianta que as autoridades portuguesas lhe pediram mais conforto: "Solicitaram pequenas alterações, quase todas relacionadas com o conforto do espaço. Falou-se na questão das salas de espera e protecções para o vento."
Segundo Calatrava, a estação de Lisboa "é das maiores do mundo, recebe cerca de 75 milhões de passageiros por ano, número comparável ao da Estação Grand Central, em Nova Iorque". Com o TGV e o shuttle para o novo aeroporto, sublinha o arquitecto, o Parque das Nações ficará ainda mais movimentado. "Prevê-se um total de mais de 90 milhões de utilizadores. Temos de arranjar forma de facilmente apanharem o comboio, de entrarem e saírem da estação sem complicações.", refere, acrescentando que, no aspecto da orientação, a estação de Lisboa é um bom exemplo: "Em cima apanham-se os comboios, em baixo está o metro. E no meio, ao nível do chão, está-se praticamente na rua."
Do ponto de vista urbanístico, Calatrava garante que a estação é um milagre. "Quando fui à zona pela primeira vez só havia destroços e ruínas da Petrogal. Trabalhei com erva quase até ao pescoço. Para mim já tinha sido milagre ver a Expo "98", afirma.
Mas ao regressar dez anos depois diz que ficou fascinado com "uma zona cheia de gente vivendo, trabalhando e circulando por ali. É uma parte da cidade que se consolidou em apenas dez anos, e que lhe pertence. Acho que a estação foi um elemento capital neste processo." Lusa
(ISABEL G)

Sobre a sessão de Câmara de 14 de Maio

Câmara de Lisboa aprova torre polémica na Expo e autoriza demolições no Saldanha-15.05.2008, Catarina Prelhaz-PUBLICO

Reestruturação da EPUL
será conhecida até ao fim do mês. Plano de acalmia de tráfego, política de habitação e reabilitação do Paris não foram a votos na reunião

Dois projectos urbanísticos polémicos receberam ontem luz verde por parte da Câmara Municipal de Lisboa. Sem a oposição do PSD e vereadores Lisboa com Carmona, o executivo liderado pelo PS aprovou um projecto de loteamento no Saldanha e a construção de uma torre de 23 andares no Parque das Nações da autoria do arquitecto espanhol Ricardo Bofill.
O nascimento de obra nova em dois lotes na esquina da Avenida de Casal Ribeiro com a Praça do Duque de Saldanha esteve no cerne das críticas da oposição. Embora não tenha sido aprovado qualquer projecto de arquitectura (o previsto para o local, da autoria do arquitecto português Vasco Massapina, não é para manter, assegurou o vereador Sá Fernandes, do BE), os vereadores do PCP e dos Cidadãos por Lisboa (CPL) de Helena Roseta consideram que a Câmara está a abrir um grave precedente para o futuro daquela zona da cidade.
"Já se estragou tudo o que havia para estragar naquele eixo da cidade", criticou Helena Roseta, para quem a câmara deveria deixar "a reabilitação passar à frente da obra nova". Já para a vereadora do PCP, Rita Magrinho, urge que a autarquia aprove planos para o Campo Grande, Av. da República, Fontes Pereira de Melo e Saldanha, sob pena de que haja novas "perversões" da legislação urbanística. "Não deixa de ser sintomático que a proposta tenha tido apenas votos a favor do PS. Até mesmo o vereador Sá Fernandes [que governa a câmara com o PS] se absteve".
O mesmo BE e os CPL também se opuseram à torre projectada para a zona da rotunda da Alameda dos Oceanos, no Parque das Nações, aprovada com os votos favoráveis do PS, PSD e Lisboa com Carmona e a abstenção dos comunistas. Considerando que o edifício terá um "impacto visual muito forte", Helena Roseta defendeu que nenhum projecto daquela envergadura deveria ser avalizado sem ser submetido a discussão pública.
Entretanto, a Câmara chumbou a proposta do PCP para a nomeação do novo conselho de administração da Empresa Pública de Urbanização de Lisboa (EPUL). Segundo Sá Fernandes, o executivo apresentará "até ao fim do mês" a proposta de reestruturação da EPUL e das Sociedades de Reabilitação Urbana para no início de Junho designar a nova administração da empresa de urbanização. Antes da renovação e da mudança de estatutos, explicou o vereador, os actuais responsáveis de EPUL terão de levar à câmara as contas de 2006 e 2007.
Numa reunião de oito horas, foram contudo afastadas cinco das principais propostas. Os planos de Helena Roseta relativos à acalmia de tráfego, política de habitação, reabilitação do cinema Paris e classificação da Torrefacção Lusitana, bem como a florestação do Casal Ventoso advogada pelo PSD não foram a votos. A primeira foi adiada a pedido dos vereadores de Carmona, que não a estudaram. A habitação ficou de parte porque será discutida com a vereadora daquele pelouro. Já a requalificação do Paris e a classificação da Torrefacção serão analisadas pelos serviços. O vereador do Urbanismo prometeu visitar o cinema e aferiro seu significado patrimonial para depois decidir como agir face ao seu proprietário (privado).
(ISABEL G)

O recital de ontem correu bem, mas ...

Esta é a composição da Comissão de Ética, Sociedade e Cultura da AR:

Nome Grupo Parlamentar Tipo Cargo
Luís Marques Guedes PSD Efectivo Presidente
Teresa Portugal PS Efectivo Vice-Presidente
Pedro Mota Soares CDS-PP Efectivo Vice-Presidente
Alberto Arons de Carvalho PS Efectivo
Ana Couto PS Efectivo
António Galamba PS Efectivo
João Serrano PS Efectivo
Maria do Rosário Carneiro PS Efectivo
Maria Júlia Caré PS Efectivo
Marisa Macedo PS Efectivo
Paula Nobre de Deus PS Efectivo
Rita Neves PS Efectivo
Agostinho Branquinho PSD Efectivo
Ana Zita Gomes PSD Efectivo
Feliciano Barreiras Duarte PSD Efectivo
José Pereira da Costa PSD Efectivo
Nuno da Câmara Pereira PSD Efectivo
João Oliveira PCP Efectivo
José Moura Soeiro BE Efectivo
Ana Maria Rocha PS Suplente
Celeste Correia PS Suplente
Isabel Coutinho PS Suplente
Manuela de Melo PS Suplente
Maria José Gamboa PS Suplente
Marisa Costa PS Suplente
Matilde Sousa Franco PS Suplente
Rita Miguel PS Suplente
Rosalina Martins PS Suplente
Teresa Moraes Sarmento PS Suplente
António Montalvão Machado PSD Suplente
Helena Lopes da Costa PSD Suplente
Hermínio Loureiro PSD Suplente
Mendes Bota PSD Suplente
Rui Gomes da Silva PSD Suplente
Zita Seabra PSD Suplente
Teresa Vasconcelos Caeiro CDS-PP Suplente
Bruno Dias PCP Suplente
Fernando Rosas BE Suplente


Dos seus 38 elementos, apenas a Drª Matilde de Sousa Franco (queé a relatora do caso em apreço) compareceu no recital que lhes era dirigido, em primeiro lugar,e que decorreu das 18h30 às 20h.

Dos restantes deputados da AR apenas compareceram a Drª Ana Drago (membro da Comissão de Educação e Ciência, a qual, aliás, devia estar encarregue do assunto em apreço, uma vez que a tutela é do Ministério da Educação...), o Dr. Fernando Negrão e o Dr. Pedro Quartim Graça. A todos, obrigado!

Resto= 0. Ou seja: PCP = 0, CDS/PP= 0, Os Verdes= 0.

Da CML, ninguém.

Sintomático.

FEIRA DO LIVRO

CML suspende montagem da Feira do Livro e editores arriscam perder subsídio-15.05.2008, Ana Henriques-PUBLICO

Francisco José Viegas critica autarquia por esta ter "tomado partido" na questão.
APEL impediu montagem de stands do grupo Leya no Parque Eduardo VII

A Câmara de Lisboa suspendeu ontem, à hora de almoço, a montagem dos pavilhões da Feira do Livro no Parque Eduardo VII. A uma semana da data prevista para o arranque do evento, a autarquia equaciona a possibilidade de cancelar o subsídio que ia entregar à Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) para a realização da feira.
Na origem do imbróglio continua o facto de o grupo editorial Leya, de Pais do Amaral, querer participar na feira com pavilhões diferenciados. A Câmara de Lisboa autoriza-os, mas a APEL, à qual a autarquia emprestou o Parque para a realização do evento, insiste em que as editoras que compõem a Leya - D. Quixote e Caminho, entre outras - se instalem nas tradicionais barraquinhas. Uma empresa contratada para montar no Parque os pavilhões diferenciados da Leya foi, anteontem, impedida de o fazer pela APEL.
Ontem foi a vez de o presidente do município, António Costa, dizer na reunião de câmara que esta associação tinha violado um acordo verbal com a autarquia, mediante o qual se tinha comprometido a aceitar stands diferenciados em troca da câmara lhe entregar o recinto a si e não à sua rival União de Editores Portugueses (UEP). Apesar de ter tentado desvalorizar a feira, o autarca continua empenhado em resolver o imbróglio. Para suspender a montagem dos pavilhões, o município alegou que a APEL não lhes havia entregue o layout final da sua implantação - o que acabou por acontecer ontem ao final da tarde. Os serviços camarários irão agora apreciar este pedido, entregue numa altura em que a montagem dos stands decorre há semanas. A sua aprovação não impedirá, de qualquer forma, uma eventual decisão política de retirada do estatuto de interesse público da feira e do respectivo subsídio, baseada no facto de a Leya representar a maioria dos grandes escritores portugueses vivos.
"Tudo o que está a acontecer era previsível", observa o romancista e director da revista Ler Francisco José Viegas, que há um ano esteve presente, enquanto responsável pela Casa Fernando Pessoa, nas negociações entre a autarquia e as duas facções em confronto, APEL e UEP. "Tive de lhes dizer que ou se entendiam ou não havia subsídio nem feira para ninguém", relata, criticando ao mesmo tempo o facto de a autarquia ter, este ano, "tomado partido" na questão - primeiro por uns, mais tarde por outros. Francisco José Viegas defende que sejam os livreiros e não os editores a organizar o evento, uma vez que é a eles que compete a venda dos livros durante todo o ano. De visita a Jerusalém, Lídia Jorge não está a acompanhar o assunto, mas ainda assim mostra-se preocupada: "É uma triste notícia. Imagine o que é se não houver Feira do Livro..." Já Margarida Rebelo Pinto, que publica numa editora recentemente comprada pelo grupo Leya, não tem dúvidas: "Os pavilhões devem ser iguais para todos os editores, dos mais pequenos aos maiores".
"Estarei presente na feira, mesmo que a Asa, a D. Quixote, a Oficina do Livro, a Teorema [todas do grupo Leya] não possam comparecer", escreveu por seu turno Rui Zink na caixa de comentários dos leitores do site do PÚBLICO. "Não me importo de autografar obras de Saramago, Lobo Antunes, Mário de Carvalho, Lídia Jorge, Mia Couto [autores publicados por editoras daquele grupo], pessoas que muito estimo e decerto me agradecerão, embora não precisem, tal disponibilidade".
Um comunicado posto a circular ontem pela Gradiva deixa no ar uma ameaça: algumas editoras poderão pedir indemnizações em tribunal, no caso de a feira não se realizar ou ir para a frente em moldes que consideram serem-lhes prejudiciais.
(ISABEL G)

quarta-feira, maio 14, 2008

Esta manhã: passeio no Campo Pequeno, lado Sul, completamente bloqueado.
Apesar da sua largura, tive de entrar na faixa de rodagem para prosseguir caminho
A CRÓNICA «Dificuldades para deficientes», que Clara Ferreira Alves publicou no «Expresso» de sábado passado, pode ser lida no blogue onde, por vezes, escreve como autora-convidada - [v. aqui].

O amargo sabor da incúria...

Av. Tomás Ribeiro, 12h30m de hoje
REPARE-SE que o buraco, existente MESMO A MEIO da faixa de rodagem, foi sinalizado (protegido?) com uma fita (agora esvoaçante) e com quatro ferrinhos pelintras (de que ainda se podem ver dois...).

Hoje, recital pela recuperação do Salão Nobre do Conservatório. Apareça!

No âmbito da petição "ALGUÉM ACUDA AO SALÃO NOBRE DO CONSERVATÓRIO, POR FAVOR!" e numa iniciativa conjunta do Fórum Cidadania Lx e da Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa, realiza-se hoje, dia 14 de Maio, pelas 18,30h, no SALÃO NOBRE DO CONSERVATÓRIO NACIONAL de LISBOA, sito na Rua dos Caetanos, 23 a 29 (ao Bairro Alto) – Lisboa, um recital com a colaboração, entre outros, de:

ANTÓNIO ROSADO (ex-aluno da Escola de Música do CN), que tocará de Debussy:
- La cathédrale engloutie , prelúdio
- Pour les arpèges composés , estudo
- Pour les cincq doigts, d'aprés Monsieur Czerny , estudo

JORGE MOYANO (ex-aluno da Escola de Música do CN), que tocará de George Gershwin
- Raphsody in Blue (versão para piano)

GLÓRIA DE MATOS (ex-profª da Escola de Teatro do CN)

MARIA DE JESUS BARROSO
(ex-aluna da Escola de Teatro do CN)

Apareça!


(*) Por motivos imprevistos, Glória de Matos não deverá estar presente.

Quem defende Lisboa?

A interessante crónica «Quem defende Lisboa?», da autoria de Helena Roseta, pode ser lida [aqui], num blogue onde ela é autora convidada.

terça-feira, maio 13, 2008

O Paris vai amanhã a sessão de CML

No seguimento do que aqui já referi, o que está em causa com o Paris é:

1. Vedá-lo totalmente aos delinquentes.

2. Clarificar a situação que lhe valeu aparecer na sindicância feita à CML, ou seja, porque não foi validada pelo CM a expropriação aprovada em CML em 2004?

3. Mantendo-se o pressuposto de intersse público, lançar mão de um projecto de reabilitação do imóvel, recorrendo, se necessário, à sua posse administrativa.

segunda-feira, maio 12, 2008

O verniz ... derreteu!!

Vendedores ambulantes de gelados em «pé de guerra»


Aproxima-se um Verão quente para a venda de gelados em Lisboa: os vendedores ambulantes dizem que quiosques da marca Nestlé hes estão a fazer concorrência desleal, com a «benção» de uma empresa municipal.
A principal queixa dos vendedores é que os quiosques da Nestlé autorizados pela empresa municipal EGEAC (Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural), em troca de patrocínios às Festas de Lisboa, estão demasiado perto de locais de venda pelos quais os ambulantes pagam licenças e taxas e que afirmam serem a sua única forma de subsistência.
“Concorrência desleal de uma multinacional”, acusa Silvina Rodrigues, que, desde 1982, vende gelados no Terreiro do Paço, enquanto, a poucos metros, se instala o quiosque da Nestlé. “Nós pagamos, de seis em seis meses, 500 euros de licença para vender gelados no Verão e castanhas no Inverno. Vivemos exclusivamente disto. Não queremos [os quiosques] ao pé de nós, a fazer concorrência a quem só vive disto, não podemos aceitar, parece que querem correr connosco”, disse à Lusa.
Silvina Rodrigues assegura que o conflito é entre vendedores e não marcas, apesar de a maioria dos ambulantes vender produtos de outra marca.
A Associação de Vendedores Ambulantes de Lisboa, a que Silvina Rodrigues pertence, levou o protesto à última reunião pública da Câmara, queixando-se de “prejuízo no volume de negócios” e afirmando não ser contra os quiosques por si, mas contra a sua colocação junto a sítios onde já estão vendedores licenciados.
Respondendo às queixas dos vendedores, o presidente da Câmara, António Costa, considerou que os quiosques são “inaceitáveis na cidade de Lisboa”, mas a edilidade pouco pode fazer.
“Não concordo com os quiosques ali ou em lado nenhum”, acrescentou o seu vice-presidente e responsável pelo pelouro do Espaço Público, Marcos Perestrello, frisando que, no entanto, “os protocolos estão assinados até 2009” e os quiosques estão autorizados, sem maneira de voltar atrás.
Segundo a Associação de Vendedores, a instalação dos quiosques remonta a 2006, sendo que, nessa altura, a Câmara garantiu que, em 2007, a situação não se repetiria.
- Notícias da Manhã
COM O TÍTULO «Quem defende o Jardim Botânico?», o Professor Galopim de Carvalho acaba de publicar, no seu blogue, mais uma crónica sobre o assunto - ver [aqui].

domingo, maio 11, 2008

ESTAS 3 FOTOS foram tiradas no mesmo local (Amoreiras). Uma delas já tem alguns meses; as outras duas têm poucos dias - descubra as diferenças...
Também para este caso, oferecerei um prémio a quem me enviar, até ao fim deste mês, uma fotografia de um reboque (da EMEL, da PSP ou da P. Municipal) em actividade. Por bizarro que possa parecer, o prémio é extensivo aos 'rebocadores'.

Precários da CML: uma solução foi encontrada finalmente


Finalmente, desde 28 de Abril, os precários da CML deixaram de ser carne para canhão e têm (só agora) a sua situação em vias de solução e com segurança razoável.
A aventura em que os queriam lançar foi ultrapassada.

sábado, maio 10, 2008


Estado deixa ruir igreja lisboeta do século XIX-PUBLICO LOCAL -10.05.2008
Património classificado da Igreja de Campolide corre elevados riscos de incêndio e ruína, mas o proprietário, o Estado, embora obrigado a intervir, continua sem o fazer


A Igreja de Santo António de Campolide, em Lisboa, é um apelo aos sentidos: range em estereofonia com a ventania que se esgueira pelos buracos do telhado, cheira aos quilos de tecto trabalhado que se abatem e amolam as tábuas de madeira do pavimento, sorve a água da chuva e esguicha-a aos litros para as 22 banheiras de bebé que lhe atapetam o chão. Classificado como imóvel de interesse público em 1993, o templo novecentista, pertença do Estado português, continua a ruir sobre as cabeças dos 300 paroquianos que o frequentam semanalmente sem que seja feita qualquer intervenção.
A primeira denúncia data de 2001, quando o patriarcado de Lisboa alertou o Ministério das Finanças (MF) e o então primeiro-ministro António Guterres para a situação de "remedeio" em que vivia a igreja paroquial, mas sem sucesso. Em Julho de 2006, o provedor de Justiça, Nascimento Rodrigues, enviou ao primeiro-ministro José Sócrates uma outra missiva alertando-o para o "avançado estado de degradação do imóvel e da área envolvente". Há dois anos, a lista de ameaças elencada por aquele responsável já era extensa: a igreja confiscada pelo Estado à Companhia de Jesus em 1910 apresentava uma "infiltração grave das águas pluviais", possuía "elevados riscos de incêndio" e "condições de estabilidade muito duvidosas, o que justificou, por cautela, a interdição do uso parcial".
Contudo, e após nova intervenção do provedor de Justiça em Maio de 2007, este "harmonioso exemplo da arquitectura revivalista da época de tipologia neo-românica" - palavras do Instituto Português do Património Arquitectónico (Ippar) -, continua a ruir, ainda que a sua classificação como imóvel de interesse público obrigue o proprietário Estado a realizar obras de conservação. Como a posse do edifício nunca foi devolvida à Igreja, a paróquia encontra-se impedida de angariar fundos privados ou de obter subvenções públicas para recuperá-lo.
"É a chamada pescadinha de rabo na boca: o Estado não faz o que deve e nós não intervimos porque não nos deixam", censura o pároco João Nogueira. "Em Novembro enviámos para o MF, conforme sugestão do próprio, uma carta solicitando a criação de uma comissão que avaliasse o imóvel, a fim de que pudéssemos adquiri-lo por um preço simbólico ou real. Voltámos a contactá-lo em Abril e nada. Daqui a pouco já não há nada a fazer, só a lamentar". (...)
O PÚBLICOo contactou o MF, mas até ao fecho da edição não obteve quaisquer esclarecimentos. "
(ISABEL G)

"Leis da treta"*

Comentário de um leitor ao texto abaixo:

Na Penha de França e em S João parece não haver lei, apesar de haverem esquadras. Nos passeios largos da Av General Roçadas a norma é subir os passeios e estacionar em 2º fila, um na beira da estrada outro em cima do passeio. A policia faz rondas diárias nessa avenida, a pé, e nunca se incomoda... Na praça Paiva Couceiro também é permito estacionar em cima de todos os passeios, sejam os da placa central sejam os laterais cheios de gente. É fartar incivilidade!
*copyright Medina Ribeiro
(ISABEL G)

Na terra das leis-da-treta - Desafio com prémio


Av. de Roma (esquina do Santander-Totta) e Av. EUA (lado Nascente).
Fotos recentes, tiradas em diversos dias de semana


AQUI DEIXO um desafio que pode ser proveitoso:
Oferecerei um almoço ao primeiro leitor que me enviar (*) uma foto de um reboque (da EMEL, da PSP ou da P. Municipal) em actuação nestes locais (passeios e passadeiras da esquina do Santander-Totta, da Av. de Roma - foto de cima - ou do lado Nascente da Av. EUA).
A oferta é válida até 31 de Maio de 2008, e extensiva aos funcionários dessas eficientes entidades, sendo o almoço num restaurante da zona, à escolha do 'fotógrafo', e sem limite de preço.
No caso do passeio junto ao Frutalmeidas (onde todos os dias perco a cabeça), oferecerei ainda um sumo ou um batido nesse simpático estabelecimento.
*
Se necessário, a oferta será renovada por períodos sucessivos até às eleições autárquicas de 2009, altura em que os votantes já devem ter tirado as suas conclusões acerca do carinho com que os peões lisboetas foram tratados, ao longo de todo este tempo, pela actual vereação e pelas autoridades competentes - passe o eufemismo.
*
E agora... BOA SORTE! - que bem precisa será.
-
(*) Enviar para medinaribeiro@iol.pt, escrevendo em assunto «MILAGRE!!!!». A imagem, que será depois divulgada com o merecido destaque, deverá incluir um qualquer elemento que permita confirmar o local onde foi obtida (casa, placard, quiosque, árvore, paragem de autocarros, etc) e ser acompanhada da indicação do local, da data e da hora.

sexta-feira, maio 09, 2008

COITADO DO CARLOS LOPES!


Coitado do Carlos Lopes. Além dele, só José Saramago e Durão Barroso têm a chave da cidade de Lisboa. Mas o que é isto? Alguém me explica estes critérios? É que não me lembro de ninguém a quem Carlos Lopes tenha feito mal. Acaso Lopes terá saneado alguém do seu posto de trabalho? Acaso Lopes terá deixado uma final olímpica a meio sem chegar à meta, deixando um estádio, perdão, um país inteiro pendurado na tanga e na surpresa da desistência?

(publicado no Tomar Partido)

E é possível?!

Em Lisboa, Portugal, é. ...

Barroso recebeu chaves da cidade de Lisboa

No dia da Europa, José Manuel Durão Barroso recebeu hoje as chaves da cidade de Lisboa. Uma distinção normalmente reservada a chefes de Estado e de Governo.

A iniciativa partiu do presidente da Câmara, António Costa (...)

- SIC

A título de quê, questiono eu.