terça-feira, setembro 25, 2007

Vem aí (ou já foi) a proposta de António Costa para o IPO





(E se foi, foi sem ser antes estar votada pelo executivo, o que demonstra que passados 33 anos de implantação da democracia, está tudo como dantes.)

Seja como for, são três os «bonecos» possíveis da dita proposta, que, nos colocam perante um dilema, uma escolha invariavelmente grave (porque ninguém deve ter estudado fosse o que fosse sobre esta matéria, mas como uns falam antes de tempo, e o tempo urge para se arranjar dinheiro...):

A permanência do IPO em Lisboa tem que passar forçosamente pela saída da Praça de Espanha?

1. Se "não", porque não se avança com a construção gradual de um novo IPO no mesmo sítio (conforme ideia anterior de Correia de Campos, julgo, ao tempo ministro de Guterres), onde há acessos excelentes, onde é conhecido de todos, onde é bem servido por tudo quanto é serviço, e onde está porque assim o dispuseram outros, em boa hora?

2. Se "sim", porque razão tem a CML que contornar o PDM para ceder ao Governo, gratuitamente, uma zona «verde» da cidade? (no papel, pelo menos, é verde ... porque com estes desenhos o Parque da Bela Vista não parece minimamente esventrado, já que os edifícios a construir, sê-lo-ão numa zona a sudeste da parte sul do Parque, aparentemente em «terra de ninguém» ... e digo isto porque ainda não confirmei o local, o que farei em breve). Não haverá outra zona?

a) Se "sim", para que servirão a curto prazo os terrenos do actual IPO? Para condomínios? Para escritórios?

b) Se "sim", como vai ser preservado o Pavilhão do Rádio, que é classificado? Em que medida será assegurada a sua continuidade e qual vai ser a sua utilização?

Seja como for, se nos derem mais este facto consumado, a votar num destes «bonecos», voto no primeiro, uma vez que o hotel fica fora do perímetro hospitalar, e as restantes unidades parecem bem espaçadas.

Fonte; mão amiga de LJ

4 comentários:

Anónimo disse...

Só faltou ao António Costa prometer que o novo IPO se fizesse nos futuros terrenos desocupados da Portela.
Realmente, parece tudo a trouxe-mouxe e a mera vontade de apresentar rapidamente «serviço».

Anónimo disse...

Eu acho que o IPO ficava melhor em Oeiras do que "enterrado" no meio de Lisboa...

Anónimo disse...

O IPO deve ficar bem servido de transportes públicos. Aqui apesar da Estação de Metro da Bela Vista, está entalado entre vias-rápidas!

odete pinto disse...

Certamente haverá em Portugal técnicos especializados, ou empresas, que façam um levantamento técnico e financeiro sobre as necessárias obras (vastas, seguramente) que o actual edifício requer. Para que as decisões possam ser ponderadas -
- exequibilidade das obras mantendo o hospital 100% operacional e os custos envolvidos - versus construção nova, a meu ver, sempre em Lisboa por motivos de acessibilidade dos fragilizados doentes que acorrem de vários pontos do país, incluindo crianças.

Como tive que lidar com sitações destas enquanto trabalhei (empresa americana de computadores), sei que é muitas vezes vantajoso optar por novas instalações.

É preciso contemplar as infraestruturas com mais desgaste e/ou obsoletas: canalizações, electricidade e iluminação, estores, ar condicionado, elevadores, pavimentos interiores.

Tratando-se de um hospital (sempre ocupado a 100%, infelizmente, e como se costuma dizer, por maior que fosse), tem especificidades técnicas muito próprias e complexas que têm que ser encaradas à luz das novas exigências e, felizmente, das evoluções clínico/científicas e tecnológicas que hoje existem para debelar e tratar as doenças oncológicas.