terça-feira, fevereiro 20, 2007

"Fiscais da EMEL bloqueiam 122 carros e rebocam 15 numa só avenida "

DN Terça, 20 de Fevereiro de 2007
"(...) Os fiscais da EMEL bloquearam [dia 19] um total de 122 viaturas naquela área [Av. 5 de Outubro], sendo que 57 estavam estacionados em cima dos passeios, três encontravam-se em lugares destinados a deficientes, 11 em zonas de cargas e descargas e outros dois em áreas para largada de passageiros. Além destes, a EMEL bloqueou ainda 49 veículos em zonas tarifadas por falta de pagamento.
O "ataque" ao estacionamento abusivo nas faixas de rodagem começou logo pela manhã. Segundo um fiscal da empresa que colabora com a EMEL na vigilância ao estacionamento, "só de manhã já tinham rebocado uns seis ou sete" veículos. (...)"
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"(...) O maior sindicato da PSP está contra a «sobreposição» da fiscalização do estacionamento de viaturas em Lisboa entre a polícia e os fiscais da empresa municipal EMEL, que hoje passou a realizar-se em simultâneo.
«Os novos agentes são credenciados pela Direcção-Geral de Viação e vão começar a autuar as viaturas estacionadas em segunda fila ou em cima dos passeios nas áreas circundantes às zonas de estacionamento» de duração limitada, onde funcionam os parquímetros da EMEL, disse à agência Lusa uma fonte do gabinete da vereadora da Mobilidade, Marina Ferreira.
Na opinião do sindicalista, PSP e EMEL vão passar a desempenhar «serviços paralelos que, eventualmente, podem vir a prejudicar o serviço de trânsito e não a melhorá-lo».
A alternativa, segundo Paulo Rodrigues, devia antes passar pelo reforço de efectivos e meios da PSP e não pela sobreposição de funções.(...)"

(Centro Comercial Colombo)
(Maria Isabel Goulão)

7 comentários:

Carlos Medina Ribeiro disse...

Já não é a primeira vez que gente da PSP se vem queixar disso.

Fazem-me lembrar a história do cavalheiro que estava a "dançar" com uma senhora mas só a pisava:

- O senhor não gosta de dançar? - pergunta ela, já irritada.

- Claro, minha senhora! Dançar é comigo!

- Então porque não dança?!

Anónimo disse...

Falar em «sobreposição» só faria sentido se houvesse "mais do que um". Ora todos sabemos que a PSP não faz (quase) nada.

É vê-los, pacholas, a passear de carro ou de mota no meio do caos do estacionamento selvagem como se não fosse nada com eles.

São pagos para quê? Não têm brio na farda?

Como é que querem ser respeitados se não se dão ao respeito?

E queixam-se por haver quem, finalmente?, faça o que eles não fazem?

Ed

Anónimo disse...

Caro Medina,
O ano passado, em Viena, vi um carro em cima do passeio. Entusiasmada, quis tirar uma fotografia par mostrar que "vejam! são iguais a nós. Também põem os carros no passeio!"
Bolas! Assim que me aproximei reparei que o carro tinha um pneu furado e o proprietário estava a mudá-lo.
Tentei este fim de semana em Madrid, nas zonas mais turisticas cheias de gente, até por causa do Carnaval, encontrar um exemplar. Nada!

Anónimo disse...

Em outros países, é normal as multas serem (paralelamente) passadas por equivalentes à
EMEL, polícia, e ultimamente companhias privadas de segurança
.....sem polémicas nenhumas.

Miss Isabel !
Com 33 anos de Suécia, o único carro que vi num passeio, foi um tipo que perseguido por a polícia, se despistou. Ainda uma ou outra ambulância....nada mais.

JA

Anónimo disse...

JA
Não pude deixar de sorrir.

Ando há anos a lutar contra os carros nos passeios e estou f-a-r-t-a.(Fiz a 1ª campanha em 1999)
Campanhas, mails, cartas, fotografias, palestras, artigos, não há paciência que aguente.
E a cidade é que sofre. Temos uma cidade caótica, agressiva para os peões, imprópria para os mais vulneráveis.
Cansada de ver a policia encolher os ombros. Cansada de usar argumentos que de tão óbvios não fazem sentido. Mas principalemnte cansada de ver que o estacionamenteo caótico é uma "fatalidade". O que não é verdade. Basta sair de Portugal para constatar o óbvio.
Se é a EMEL a resolver uma situação que a PSP nunca resolveu... meus amigos....

Tantos governantes, técnicos, etc e porque é que até agora nunca encontraram uma solução eficaz??
O que é melhor para a cidade?

Anónimo disse...

Não nos podemos só queixar dos nossos governantes. Somos um povo tramado para contornar leis, e deveres....e isto é histórico. E como tal, temos os governantes que merecemos. A maioria dos portugueses está bastante limitada nas suas referências. Nunca viram uma cidade, onde as pessoas e os automóveis possam coexistir de forma cívica. Afinal de contas, um jovem de 30 anos que tem Lisboa como referencia, viu o quê? Aceleras, carros nos passeios, impunidade. Isto é situação perfeitamente normal para muitos. Nunca viram outra coisa, e maus hábitos são tramados de mudar. Na minha juventude, não existiam carros nos passeios de Lisboa. Talvez fosse melhor tirar um ano à escolaridade obrigatória, e mandar o pessoal passar uma semana de férias a sitio civilizado.

JA

Anónimo disse...

Resposta ao cibernauta anónimo ED. Meus caros amigos, gostava de vos perguntar se são agentes de autoridade. Pois eles tal como nós obedecem a ordens superiores afim de serem mais flexíveis, ou seja mesmo que o agente autue, muitas das multas são perdoadas por instâncias superiores ao civil. Muitos deles ou até mesmo "nós" portugueses nos damos ao luxo de "respondermos mal e porcamente ao agente", desrespeitando-o, mas no fim de contas gostava de vos perguntar se são cidadãos exemplares e se nunca falharam.
Por vezes nós cidadãos portugueses que tanto falamos de comparações entre países, mas nada fazemos para deixar o desrespeito de lado perante os peões, cidadãos automobilistas e autoridade. Nunca prevaricaram? Pois eu já, não no aspecto de estacionar em passeios, mas já evitei de estacionar junto a um parque de estacionamento e fui autuada com 60€, paguei e ainda pedi desculpa ao sr. agente, como boa cidadã, pois reconheci que tinha infringido o regulamento do código da estrada. Se os agentes de autoridade fossem autuar todos os automóveis, não existiam agentes para a outra parte da segurança pública igualmente importante.
O que o cidadão português necessita é de uma boa e intensa formação cívica.
Em questão de ordenados, os agentes não ganham para a profissão de risco que correm diariamente nas ruas. De certeza que muitos de nós na nossa actividade laboral, já tivemos dias de maior desempenho e outros dias de menor (empurramos o trabalho para os outros). Gostava também de saber se o cidadão anónimo ED sabe o que é trabalhar meses a fio sem folgas, com dias de 24 horas de trabalho, para que possa garantir o sustento da família, pois as pessoas acham que os agentes ganham bem e saem cedo, mas esquecem-se dos descontos retirados dos seus ordenados, já para não falar que não têm direito a seguro de vida ou de risco.
Como pode ver vida de policia ou militares da GNR, têm uma boa vida aos olhos daqueles que só olham para eles.
Obrigada pela vossa atenção.